Futebol é o meu esporte preferido, porém não acompanho de perto o futebol maranhense, mas hoje (16) fiz questão de ir ao estádio municipal Nhozinho Santos, para assistir o jogo entre o Sampaio Correia contra o Santo Andre (SP), pela Copa do Brasil. Vale ressaltar que a torcida encheu o estádio e vibrou muito com o time do Sampaio.
A vitória por 3X2 deixou o Sampaio numa situação não muito confortável, mas ainda favorável, visto que o regulamento dar sempre vantagem para o gol fora de casa, por isso o Sampaio vai a São Paulo com a missão de lutar primeiramente pela vitória, depois pelo empate em 0 a 0 ou qualquer outro empate, só não podendo perder por 1 a O, 2 a 1 ou qualquer outro placar que fique com a desvantagem de dois gols. Com o placar de 3X2 para o Santo André lá em São Paulo, a disputa vai para os pênaltis. Qualquer outro placar com a diferença apenas de 1 gol para o Santo Andre, a vantagem é do Sampaio.
Mas voltemos ao jogo de hoje. No primeiro tempo, o Sampaio teve ótima atuação. Marcando de forma eficiente, trocando passes em velocidade e chegando com ímpeto ao ataque, assim saiu os seus três gols. Acuado, o Santo Andre tentava, de qualquer forma, resistir e por falta de melhor concentração dos atacantes do Sampaio, o placar não saiu mais elástico.
Como em futebol a concentração é um dos pontos fortes, principalmente na aplicação tática, o Sampaio voltou para o segundo tempo meio desnorteado, principalmente na marcação no meio de campo do lado esquerdo, onde seu volante de contenção pelo lado esquerdo e o lateral esquerdo não conseguiam mais efetuarem uma marcação eficiente, o Santo Andre viu que o caminho era por ali. Não deu outra!!! Os dois gols do Santo Andre saíram das deficiências de marcação do lado esquerdo.
Por outro lado, as substituições efetuadas pelo técnico Sandow Feques não surtiram o efeito desejado. Não sei se as substituições foram por cansaço ou contusão, mas que não supriram a deficiência de marcação pelo lado esquerdo, isso ficou evidente.
O técnico do Santo André, por sua vez, soube explorar bem o ataque pelo lado esquerdo, usando seus dois melhores jogadores, o camisa 8 e o Célio Codó.
Sandow Feques, que foi meu colega de trabalho no Marista, mostrou ter grande conhecimento tático, evidenciando isso no primeiro tempo. Seu time seguiu a risca sua tática determinada, no primeiro tempo, porém me pareceu que ele não tem banco para suprir as necessidades. As substituições deveriam visar o lado esquerdo da defesa, coisa que não foi feita. E se não fosse a excelente atuação do goleiro do Sampaio, o Santo Andre teria saído com o empate.
Outro fator preponderante para que a bola seja mantida por mais tempo no ataque, isso num esquema em que o meio de campo atua somente com meia-armador, como ficou evidente no esquema do Sampaio, a bola tem que ficar o maior tempo possível nos pés desse armador, pois ele é o responsável quando se deve cadenciar ou acelerar o jogo. O camisa 10 do Sampaio mostrou que tem essas qualidades, mas o resto do time não soube utilizá-lo para isso, principalmente no segundo tempo.
O camisa 10 do Sampaio deveria ser mais explorado, visto que tem um excelente domínio e sabe proteger bem a bola, com isso poderia cavar diversas faltas e desestabilizar os volantes de contenção do Santo Andre, que sairiam daqui com cartões amarelos ou quiçá vermelho.
No mais, acredito que o Sampaio possa sair com a classificação em São Paulo, pois só depende dele mesmo. Para isso, é importante que Sandow Feques consiga construir o mesmo esquema tático utilizado no primeiro tempo desse jogo de hoje e conserte a deficiência de marcação pelo lado esquerdo, além de ter jogadores que possam substituir os titulares a altura.
Desculpem por não colocar os nomes dos jogadores, pois não os conheço, conforme disse acima: não acompanho o futebol maranhense de perto.
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