Como um ex-morador de Brasília por quase três décadas, posso afirmar que o último governador que trabalhou de fato da capital federal foi José Aparecido de Oliveira, que terminou seu mandato em 1988. Para azar do Distrito Federal veio o louco do Joaquim Roriz, que transformou a uma cidade planejada, numa desordem total, tudo visando o aumento de eleitores desinformados. Depois veio Cristovam Buarque que não disse a que veio. Daí em diante, começou o martírio de Brasília, voltou Roriz, com isso a corrupção tomou conta, seguindo com uns governos tampões que deram continuidade a todo tipo de canalhice que se possa imaginar.
Os candangos sabiam quem era Arruda, que na primeira campanha eleitoral se fazia de pobre, mas morava numa mansão no Park Way (lugar nobre). Ele se aproveitou dos mais de 3 milhões de habitantes desavisados que Roriz trouxe de outros estados. Todos viram suas ações de corrupção, que terminou em sua prisão.
Apostando que tudo poderia melhorar com a dita “esquerda”, mesmo já tendo uma experiência desastrosa com o governo de Cristovam Buarque, resolveram votar em Agnelo, achando que aquele seria a salvação da lavoura… Porra nenhuma!!!
Os candangos e brasilienses já viram a bisca que escolheram para governar Brasília e vão se decepcionar ainda mais quando olharem na revista IstoÉ, que chega hoje às bancas, uma entrevista com o auxiliar administrativo Michael Alexandre Vieira da Silva, acusando o atual governador do Distrito Federal e ex-ministro do Esporte, Agnelo Queiroz, do PT, de ser o verdadeiro ‘chefe’ do esquema de desvio de recursos na pasta.
Silva, diz a IstoÉ, foi a principal testemunha da Operação Shaolin, deflagrada no ano passado pela Polícia Civil no DF. O auxiliar trabalhou nas ONGs comandadas pelo policial João Dias Ferreira, pivô do escândalo de desvio de verbas no ministério, e por um bom tempo esteve a serviço do esquema.
Na entrevista, Silva diz, por exemplo, que sacou R$ 150 mil para serem entregues ao então ministro Agnelo. Ele tomara conhecimento de entregas de dinheiro e liberação de convênios por meio de Luiz Carlos de Medeiros, ongueiro e amigo do governador. ‘Medeiros falava demais…Sempre comentava que estava cansado de dar dinheiro a Agnelo’, disse o auxiliar administrativo, que trabalhou no Instituto Novo Horizonte.
IstoÉ diz que Agnelo Queiroz, hoje no PT, passou a maior parte de sua trajetória política no PCdoB.
Desde 2008, Silva colabora secretamente com os investigadores do desvio de verbas no Esporte, mudou-se de Brasília e vive escondido. Na entrevista, Silva diz ainda que o esquema de fraudes envolvendo ONGs e o Ministério do Esporte vai além do PCdoB e da pasta, envolvendo ainda o Ministério de Ciência e Tecnologia, então na cota do PSB.
Então volto a perguntar: A esquerda é corrupta?
Publicado em: Governo