O Conselho Federal de Medicina anunciou a paralisação de alguns serviços nesta terça-feira (25/10). Segundo o CMF, a ação ocorrerá somente amanhã e deve atingir 21 estados da Federação e o Distrito Federal – Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia e Sergipe.
No Piauí, a paralisação chegará a 72 horas. Em Santa Catarina e em São Paulo, algumas unidades de saúde devem suspender o atendimento por algumas horas. Em Mato Grosso do Sul, no Paraná, no Rio de Janeiro, no Tocantins e em Roraima, estão previstas apenas manifestações e atos públicos.
No Distrito Federal, além da suspensão do atendimento, o Sindicato dos Médicos lançará um hotsite com documentos que denunciam as condições de trabalho inadequadas e o sucateamento do sistema de saúde pública no DF.
Os médicos pedem um aumento no piso salarial e a aprovação da emenda 29, que define a fonte de recurso para a saúde, como foi aprovada no Senado. Pedem, também, o aumento no piso da categoria. Atualmente o piso é de R$ 1.946,91, o valor proposto pela categoria é de R$ 9.688,00. Os profissionais protestam também contra as más condições de trabalho e de assistência oferecidas no âmbito da rede pública de saúde.
Amanhã serão suspensas as consultas e as cirurgias eletivas feitas no Sistema Único de Saúde (SUS). Ambos os serviços que serão paralisados já foram remarcados para outras datas, e não deve prejudicar os pacientes. Segundo os manifestantes, de 1990 até 2008 o Brasil perdeu 188.845 leitos, que foram repassados para os planos de saúde devido aos baixos valores pagos pelo SUS.
Publicado em: Governo