Garantindo que não retirará uma vírgula do que disse sobre as mazelas do Judiciário, a corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Eliana Calmon, assinalou com todas as letras nesta segunda-feira, logo após receber a Medalha Dois de Julho outorgada pela prefeitura de Salvador, que “existe corrupção no poder Judiciário, como existe em todos os segmentos da sociedade brasileira”. E acrescentou: ”E e eu tenho o dever constitucional de combatê-la”.
Ao ser perguntada se o “despotismo” de que falou no discurso era uma referência à corrupção, respondeu: ”A todos os segmentos que atrapalham a realização da Justiça: a lentidão é um problema, a corrupção é outro, a incompreensão dos órgãos públicos com o Judiciário é outro problema, tudo isto é algo que precisa ser removido, é muito trabalho, mas a gente tem que acreditar que pode, pelo menos melhorar.”
Política
Outro repórter quis saber se a popularidade obtida por ter dito a frase sobre haver “bandidos escondidos atrás da toga” não poderia fazê-la entrar na política e se candidatar a algum cargo eletivo. Eliana Calmon refutou essa possibilidade. ”Sou apenas magistrada, não tenho nenhum preparo para ser política, não tenho vocação para isso”.
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