Religião e sexualidade: uma polêmica para tolos

Publicado em   27/out/2011
por  Caio Hostilio

O Brasil é um país laico, ou seja, aqui, graças a Deus todas as religiões são admitidas. Assim sendo, aquele que se orienta pelo catolicismo ou pelo evangelismo são tão dignos de respeito quanto os que entendem ser o candomblé e o espiritismo a sua linha de salvação espiritual.

Vale ressaltar que em todas as cerimônias, o que é levado em conta é a fé de cada um e isso é uma questão subjetiva que devemos respeitar de forma integral. Além disso, padres, pais de santo, rabinos e pastores são legítimos representantes de suas linhas religiosas e dignos de reverência.

A questão religiosa por si só já é uma grande polêmica, haja vista que o homem, na sua natureza falha insiste em tentar prevalecer a sua linha de fé em detrimento a dos irmãos. Insta salientar, que todos são iguais perante a lei e também diante de Deus. Seu filho Jesus, não faz diferença entre igrejas: quem faz é o homem.

No que tange a sexualidade, a sociedade também reluta em conceder respeito absoluto aqueles que não desejam seguir a linha tradicional do heterossexualismo.  A opção sexual não deve ser elemento desagregador e sim aglutinador, afinal o respeito verdadeiro é aquele que encontramos em nosso crescimento espiritual ao ponto de aceitarmos as diferenças e não suportá-las.

A sexualidade é tema interno de cada um. A sociedade brasileira possui uma parcela considerável de pessoas hipócritas que possuem uma linha doutrinária discursiva, todavia na prática exercem o preconceito velado que dói tanto quanto um literal ‘tapa na cara’.

Ao meu sentir, se perde precioso tempo analisando o modus operandi alheio. Enquanto misturamos de forma irresponsável religião e sexualidade, sem uma abordagem madura, vários pais violentam seus filhos ou sofrem de alienação parental, outros tantos homens e mulheres engrossam a massa exorbitante de viciados, diversas meninas utilizam a prostituição como via mercadológica e as prisões enchem de jovens com vidas interrompidas. Isso sim é terrível, doloroso e muitas vezes fatal.

O meu artigo não possui o condão de esgotar tema algum, ainda mais religião e sexualidade que traz a luz os mais profundos pensamentos hipócritas. Nesse contexto, duas palavras são sempre deixadas de lado: caridade e amor ao próximo.

A discussão pífia acerca da religião ou da sexualidade alheia é rasa, mas infelizmente, acaba encobrindo ações de extrema pureza e verdadeiramente reconhecidas aos olhos de Deus que são os atos de caridade e o amor ao próximo.     

Caridade com o pobre, com o enfermo e o mendigo. Amor ao aidético, ao leproso, ao transexual e ao portador de câncer. Temas como célula-tronco, aborto, eutanásia e pílula do dia seguinte poderiam ser debatidos com mais maturidade se não houvesse o ingrediente personalista, individual e egoísta sempre como premissa maior.   

A convicção que possuo na existência do toque de Jesus em minha vida é total, todavia, tenho certeza que ele, na sua imensa superioridade celestial deseja que seus servos preguem a unidade, mesmo diante de adversidades terríveis e alimentadas pelos homens carecedores de experiências reveladoras.

Não estou dizendo que estou elevado espiritualmente ao ponto de exercer tudo da forma como ora escrevo, mas procuro a cada dia, de forma incessante me tornar mais autêntico, afinal diante dos enormes giros que a vida dá é preciso ser cada vez mais honesto consigo mesmo.  

Cláudio Andrade

  Publicado em: Governo

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