Pai de Santo Dedo no Futi, como lhe disse antes, a Vila do Vinhais eram terras pertencentes a toda poderosa Ana Jansen, local de onde retirava água potável para venderem São Luís, cujo porto no local, igreja, cemitério foram o que restaram da sua antiga propriedade, visto que aquela área foi invadida e até hoje a prefeitura vem enganando o povo. Para você ter uma idéia, Pai Dedo do Futi, até hoje os poços de Ana Jansan estão lá, tem alguns perto da garagem da São Benedito… Então não tem esse papo de bairro mais antigo de São Luís…
Essa é a última vez que vou lhe ajudar Pai de Santo Dedo no Futi… Vou lhe falar sobre os índios Tupinambás.
Pai Dedo no Futi, os tupinambás eram uma nação indígena que habitava várias áreas do litoral brasileiro. As diversas tribos tupinambás possuíam uma língua comum, conhecida como tupi – talvez aí esteja à confusão estabelecida por suas entidades e por aqueles que inventaram essa história – porém não mantinham uma unidade e chegavam até mesmo a guerrearem entre si.
Dedo do Futi, os tupinambás fizeram parte da Confederação dos Tamoios, entre 1556 e 1567, na luta contra os colonizadores portugueses.
Sabe qual era a característica marcante dos tupinambás, Pai de Santo Dedo no Futi? A prática do canibalismo. Acreditavam que ao consumirem a carne de pessoas, poderiam adquirir suas qualidades (inteligência, coragem, habilidades bélicas, etc). Que registro histórico de canibalismo houveem São Luíspor índios? Sabe-se de magias negras!!!
Assim como outras nações indígenas, os tupinambás foram aos poucos desaparecendo ao entrarem em contato com os colonizadores portugueses.
Desde 1519 os tupinambás mantiveram relações amistosas com os portugueses e, a partir de 1525, estabeleceram comércio com os franceses. Segundo Anchieta, em 1531 repudiaram a amizade dos lusos, “em virtude dos agravos recebidos”. Empenharam-se então em guerras constantes, que tiveram conseqüências desastrosas. O último foco de resistência indígena foi desbaratadoem Cabo Frio, em 1574, com número incalculável de mortos e cerca de dez mil prisioneiros. Migraram então em todas as direções. No rio dos Patos, no Sul, entraram em conflito com os carijós, grupo que habitava entre a barra de Cananéia e o Rio Grande do Sul.
No sertão, formaram novos aldeamentos e se tornaram conhecidos como ararapes. Na terceira década do século XVII viviam no rio São Francisco, junto aos amoipiras, ramo tupinambá segregado. No fim desse século, praticamente desapareceram dos registros.
Os tupinambás da Bahia viviam no litoral, entre Ilhéus e a foz do São Francisco, adentrando quase 500km pelo sertão. Também empenhavam-se em lutas constantes com grupos tribais vizinhos: pelo norte, com os caetés, distribuídos do São Francisco à Paraíba, e com os potiguares, das costas da Paraíba e do Rio Grande do Norte; pelo sul, com os botocudos, oriundos do rio Caravelas, e os tupiniquins; pelo interior, com diversos grupos tapuias e com os tupinas. Em 1567, oitenta mil índios estavam aldeados pelos catequistas ou haviam sido escravizados.
Os sobreviventes perambulavam pelos sertões e, nessas caminhadas, juntaram-se aos do Rio de Janeiro e a grupos que deixavam Pernambuco. Entre 1560 e 1580 disseminaram-se pelo Nordeste, ocupando terras desde a serra de Ibiapaba até afluentes do rio Amazonas. Suas concentrações maiores eram Tapuitapera, Cumá e Caeté, no Maranhão. Ao findar o século XVII, a colonização progressiva empreendida pelos europeus havia banido definitivamente os tupinambás do litoral. A escala seguinte foi a ilha de Tupinambarana, ocupada a partir de 1600 por contingente numeroso, que dali prosseguiu para o interior, até atingir, em 1639, o rio Negro.
Em 1660, os jesuítas tentaram a catequese dos índios de Tupinambarana, seguindo a técnica usual de promover aldeamentos aos quais incorporavam índios de outros grupos, como os poraioamas, os mojoaras, os pataruanas, os andirás, os areretus e os sapapés. Em meados do século XVII já não existiam ali grupos tupinambás independentes e, ao findar o século seguinte, já não causavam problemas aos novos donos das terras. Terminara, para a história oficial, sua contribuição ao processo de formação da sociedade colonial brasileira.
Então, Pai de Santo Dedo no Futi, se existe algum sítio arqueológico dos tupinambás ainda, eu sugiro ao senhor que encarne as aventuras de Indianas Jones e parta com gosto e com gás para todas essas localidade constantes na trilha indicada acima… Ah!!! Não esqueça em levar repelente!!!
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