Na verdade, ninguém é autentico, nem quando se olha no espelho. Os seres humanos estão mais para camaleões e mudam de cores de acordo com as circunstâncias do momento. Seres humanos são energia, como tal não podem ser estáticos e com variações da vida, vão se moldando afim de continuar a fazer parte deste mundo louco…
De acordo com Nathaniel Branden, Ph.D. em Psicologia, “as mentiras mais devastadoras para a nossa auto-estima não são as que contamos, mas as que vivemos.” De fato, quando a realidade da nossa experiência e a essência do nosso ser é distorcida, vivemos aquilo que comumente se denomina de mentira, ilusão, auto-engano, fantasia e, por vezes, falta de integridade. Tão difícil quanto aceitar a realidade é entender a autenticidade.
Autenticidade é a característica de quem é autêntico, íntegro, legítimo, verdadeiro, sincero. Nesse sentido, você deixa de ser autêntico quando: demonstra superioridade ou inferioridade perante os demais; finge ter problemas para levar vantagem sobre alguém; ostenta uma situação incompatível com a sua realidade profissional e financeira; age diferente do que sua consciência manda; deixa-se influenciar pelo comportamento alheio; levanta a voz para fazer valer o seu ponto de vista; abre mão de suas convicções para ser aceito em determinado grupo; vive uma vida que não é sua; acredita mais nos outros do que em si mesmo; preocupa-se mais com os que outros pensam a seu respeito do que você mesmo…
Infelizmente, viver uma vida anônima, simples, com base em princípios e valores sólidos, não tem qualquer atrativo para a mídia em geral que se vale da hipocrisia e da desgraça alheia. Para atender aos anseios da sociedade em geral, as pessoas representam o tempo todo e procuram fazer de tudo, em troca de alguns minutos de fama, exceto aquilo que a consciência e o seu coração mandam. O homem só é sincero sozinho.
Certa vez assisti uma entrevista com um advogado criminalista, o qual afirmava o seguinte: quando alguém tira a vida de uma pessoa, aquilo provoca dor, desgosto, repulsa e outros sintomas difíceis de serem corrigidos. Na segunda vez em que isso acontece, existe a uma dor temporária, porém amenizada em função da primeira. A partir da terceira ou quarta vida, a pessoa incorpora aquilo como se fosse algo normal, inerente à condição humana, por uma questão de sobrevivência, autodefesa, lei do mais forte ou coisa que o valha.
Por essas e outras razões, é bem mais fácil falar de autenticidade do que adquiri-la. Em nome da sobrevivência, o ser humano tende a se fingir de morto, a sufocar a dor, bajular, dissimular, exaltar qualidades alheias e, por vezes, perder a fé em si mesmo. Entretanto, ser autentico não significa revelar todos os segredos, entregar-se de corpo e alma numa relação, emitir opiniões controvertidas, dizer abestalhadamente tudo o que lhe vem à mente, disparar críticas infundadas, abrir mão das suas convicções.
Como podemos ver, os verdadeiros autênticos petistas, segundo o deputado Bira do Pidaré, somente é ele e seu grupo interno no partido? Eis a questão!!!
Publicado em: Governo