Ao ler esta matéria (abaixo) vejo que o Santa Lúcia vem buscando uma justificativa em que os meios não justificam os fins. Todos em Brasília sabe que o sistema de saúde virou um caos com o inchaço do entorno de DF, que hoje tem em cerca de 3 milhões de habitantes, fora o crescimento desenfreado da capital brasileira pelas maluquices do ex-governador Joaquim Roriz.
Contudo, não serão essas estatísticas que tirará a irresponsabilidade médica do Santa Lúcia pela morte de Marcelo Dino… Que não venham com artimanhas canalhas, pois mesmo quando Brasília não tinha uma super população, aquele hospital já fazia as suas barbeiragens.
Por outro lado, um médico tem que ter a compostura e a ética de que um paciente debilitado não pode ficar sob os cuidados somente do corpo de enfermagem, principalmente de auxiliares…
O governador do DF tem por obrigação exigir dos governadores do Goiás e de Minas Gerais que assumam as responsabilidades, quanto a segurança pública, educação, saúde e infraestrutura, nessas cidades que se formaram no entorno de Brasília.
Uma cena tradicionalmente associada aos serviços públicos de saúde tem sido vista diariamente em hospitais particulares do Distrito Federal: emergências cheias, atendimento demorado, clientes insatisfeitos. Hoje, 647.690 mil habitantes do DF têm algum tipo de assistência médica particular. O total de adeptos cresceu 3,56% entre 2010 e 2011. E, no segundo semestre deste ano, esse contingente vai aumentar em 20%, em números brutos. Até lá, sai do papel o plano de saúde subsidiado pelo GDF para os 132 mil servidores públicos do governo, ao custo de R$ 76 milhões. Com isso, 30% da população do DF deve estar coberta por convênios médicos, enquanto a média nacional gira em torno de 24%.
Se por um lado a demanda aumenta, a estrutura de saúde particular não tem sido capaz de absorvê-la. Especialistas acreditam que, hoje, hospitais e clínicas particulares do DF operam no limite da capacidade. “A população do DF inchou muito e isso não foi acompanhado pela capacidade hospitalar”, constata o professor de gestão hospitalar da Universidade Católica, Kléber Alves.
Há quem diga ainda que o melhor hospital de Brasília é o aeroporto. É o caso da advogada Gabriela Bernardes, 29 anos. Em diversas ocasiões, ela recebeu diagnósticos errados e tratamentos ruins em centros de saúde renomados de Brasília. Por exemplo, quando a filha dela tinha 2 anos, quebrou o braço. Levada à emergência de um hospital na Asa Sul, a menina teve o membro engessado de maneira errada. Quando tirou o gesso, o braço dela estava torto. “Fiquei desesperada. Fui parar no Sarah Kubitschek e ela teve que fazer outro tratamento. Fico revoltada porque a gente gasta com os planos de saúde e tem atendimento ruim”, conta.
Rosana Araújo Cavalcante, 37 anos, nem se lembra mais há quanto tempo não tem um plano de saúde. A auxiliar de serviços gerais desistiu de pagar pelo serviço porque cansou de entrar e sair de hospitais e clínicas que não aceitavam mais o convênio que cabia no bolso dela. Hoje, Rosana e os três filhos dividem a rotina médica entre consultas na rede pública e exames particulares. “De uns anos para cá, é tudo igual, tanto faz ser público ou privado. Mesmo pagando, você é mal atendido, espera horas. A gente não tem para onde correr”, lamenta.
Publicado em: Governo