Caso Décio Sá: Afinal, a inteligência policial está em sintonia com a investigação policial?

Publicado em   01/jun/2012
por  Caio Hostilio

Para o especialista Higor Vinicius Nogueira Jorge, que além de delegado de polícia é professor de análise de inteligência policial, a inteligência é o fator primordial para que as investigações cheguem de fato a um denominador comum.

Em seus estudos, Higor diz que esse contexto torna-se necessária uma resposta efetiva e pró-ativa por parte dos órgãos de segurança pública contra a criminalidade organizada e que o estímulo a Inteligência Policial é um elemento imprescindível para que isso ocorra.

A Inteligência Policial pode ser conceituada como sendo o conjunto de ações no sentido de coletar, analisar, sistematizar e agregar valor as informações com a finalidade de possibilitar que o gestor da segurança pública possa identificar, antecipar e evitar lesões a ordem e a segurança pública e, caso tais lesões não sejam evitadas, oferecer uma resposta efetiva dos órgãos de segurança, protegendo dessa forma a sociedade e o Estado.

Baseando-se nessa perspectiva, podemos avaliar que o Sistema de Segurança do Maranhão vem seguindo essa atividade de Inteligência de Segurança Pública no assassinato do jornalista Décio Sá?

É certo afirmar e compreender que o conjunto de ações voltadas à produção de conhecimentos já apurados está seguindo um rito de enfrentamento do fenômeno criminal ou usando uma metodologia própria?

Segundo o especialista, a Inteligência de Segurança Pública é o exercício permanente e sistemático de ações especializadas para a identificação, acompanhamento e avaliação de ameaças reais ou potenciais na esfera de Segurança Pública, orientadas, basicamente, para a produção e salvaguarda de conhecimentos necessários à decisão, ao planejamento e à execução de uma política de Segurança Pública, e das ações para prever, prevenir e reprimir atos criminosos de qualquer natureza ou atentatórios à ordem pública.

Por outro lado, Higor afirma que a contra-inteligência ou contra-informação é um dos ramos da inteligência que objetiva identificar e evitar ações lesivas aos institutos preservados pelos órgãos de inteligência, principalmente no que concerne aos conhecimentos e dados considerados sigilosos.

Existem vários recursos tecnológicos colocados à disposição da polícia, com isso vale questionar: Qual recurso a Policia maranhense adotou para elucidar o assassinato de Décio Sá?

Seria o sistema que possibilita a identificação criminal do indivíduo por meio de boletins de identificação digitalizados, além da elaboração de retratos falados. Este sistema possui em seu banco de dados arquivos de vozes e de individuais dactiloscópicas digitalizadas, fazendo com que detalhes como características físicas, incluindo tatuagens, cicatrizes, deformações do corpo, cor da pele, olhos e tipo do rosto da pessoa pesquisada, além do modus operandi de um criminoso possam ser pesquisados. Se for, por que só depois de quase 40 dias após o assassinato a Policia divulgou o retrato falado do suposto assassino de Décio Sá?

Para o especialista, tem um sistema que tem atraído a atenção dos especialistas em análise investigativa, mas que se encontra disponível para poucos policiais é o Analyst`s Notebook 6. Este programa reúne, exibe e cruza dados por intermédio de diagramas, permitindo dessa forma que seja realizada uma análise visual dos vínculos entre os investigados e a transformação de grande volume de dados em informações substanciais sobre as investigações. Essa parece bem qualificada e estaria sendo usado pelos investigadores maranhenses?

Para se obter esse tipo de dado a Polícia tem ao seu dispor instrumentos como a interceptação telefônica, escuta ambiental, análise das informações fornecidas pelas empresas de telefonia, análise das informações bancárias, etc.

O certo é que o assassinato de Décio Sá é ainda um mistério, assim como as investigações e o serviço de inteligência da Polícia é um mistério ainda maior!!!

  Publicado em: Governo

2 comentários para Caso Décio Sá: Afinal, a inteligência policial está em sintonia com a investigação policial?

  1. PAULO BARBA disse:

    O Brasil sempre foi generoso com PISTOLEIROS,terroristas, mafiosos, assaltantes de bancos e narcotraficantes, desde Ronald Biggs – o celebrado assaltante do trem pagador na Inglaterra, que virou personagem da crônica social no país – até um terrorista das FARC, o padre colombiano Francisco Antonio Cadena Collazos, mais conhecido como Padre Medina. Apesar de preso no Brasil e de ter sua extradição pedida pela Colômbia, sob os auspícios do PT e do STF, Padre Medina foi colocado em liberdade em março de 2007 e até hoje vive livre como um passarinho neste Brasil hospitaleiro.

    Também vivia tranquilamente aqui o terrorista chileno Mauricio Hernández Norambuena, militante da Frente Patriótica Manoel Rodrigues (FPMR), como se os sedizentes serviços de inteligência do País não soubessem de quem se tratava. Acabou sendo condenado a 30 anos de prisão pelo desastrado seqüestro do publicitário Washington Olivetto, em 2002, em São Paulo.

    O governo brasileiro teve de acatar, constrangido, a condenação do companheiro do mesmo terrorismo que praticaram nos anos 70 boa parte dos seus ministros. Norambuena está condenado no Chile a duas penas de prisão perpétua. O Chile pede sua extradição e o governo petista até cogita em concedê-la, desde que suas condenações sejam diminuídas para o máximo de trinta anos, descontados os cinco anos de prisão já cumpridos na penitenciária federal de Catanduvas (PR). O que é uma grossa bobagem, pois mais 25 anos de prisão para um bandido que não nasceu ontem em nada difere de prisão perpétua.

    Porque não implantar nesse país de uma vez por todas a prisão perpétua e a pena capital para matadores como no caso do Décio Sá. Aonde estão esses nossos incompetentes Senadores e Deputados Federais de Legenda comprada.

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