Quando Jesus disse: “Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”, os seres humanos jamais conseguiram entender o que de fato é a realidade da vida carnal e a espiritual. Ora bolas!!! Jeseus deixou claro que o dinheiro (capital) é de uso terrestre e passageiro, com isso pode ficar com César, enquanto que o sentimento de elevação espiritual (vida de luz e eterna) essa sim é de Deus.
Já se passaram séculos dessa fala de Jesus Cristo e os homens a cada ano desde então passou a querer o que é de César… O dinheiro mais e mais. Hoje é um escravo do capital e do poder.
Sua luta passou a se travada nesse sentido e ainda pensam que serão imortais… Viva a maldição!!!
A luta por mais dinheiro trouxe sentimentos mesquinhos e pequenos, tendo como o maior a inveja.
O invejoso não necessariamente quer o que o outro tem, não necessariamente quer destruir o outro, embora possa fazê-lo através de intrigas, maledicências ou mesmo concretamente, como foi o caso de Caim e Abel.
O que o invejoso realmente quer é que o outro não tenha. A inveja requer comparação entre o Eu e o Outro e implica o desejo de suprimir as diferenças. É uma maneira de nivelar por baixo: se eu não posso ter, não suporto conviver com alguém que tenha.
A cobiça, ao contrário, nivela por cima: se o outro tem, eu também quero ter. A cobiça tem uma potência, é produtiva, comporta um desejo e pode até mesmo comportar uma dose de saúde, se o preço da conquista não implicar o apagamento de princípios éticos fundamentais.
Os seres humanos se tornam cada vez mais hipocritas, com isso vem a aproximação entre inveja e tristeza, feita por S. Tomás de Aquino, porque penso que a inveja seja da ordem da impotência. A inveja lança no marasmo e se houver produção, será sempre da ordem de um ataque ao outro, pois trata-se de regozijar-se com a infelicidade do outro.
Podemos citar uma frase de Kant, que traduz de fato a verdade, como ele foi corajoso ao dizer: Há algo, na infelicidade de nossos melhores amigos, que não nos desagrada completamente.Kant é muito feliz nesta formulação, pois não se trata de uma felicidade ruidosa, mas de um prazerzinho silencioso que pode irromper à consciência para ser imediatamente afastado e repudiado, porque é um sentimento vergonhoso, ambivalente, produtor de culpa e muito doloroso para o ser humano.
Em O Capital, Karl Marx explica que a especificidade do capitalismo consiste justamente em acumular e reproduzir riqueza social e assegurar os meios para a apropriação privada dessa riqueza. Portanto, a marca que distingue o capitalismo de outras formas econômicas é justamente a de produzir cada vez mais capital. Corretíssima a visão de Max, haja vista que seu pensamento foi futurista e atualmente a luta é árdua pelo capital e o poder… O homem deixou de lado o respeito a seu semelhante e passou a amar o dinheiro acima de tudo!!!
Paul Lafargue como você acertou a mosca com o seu panfleto revolucionário de 1880!!! Você buscou o pecado capital para intitular seu panfleto e acertadamente foi ao foco da questão, visto que a burguesia para dominar as mãos, os corações e as mentes do proletariado, usou o nome de Deus para persuadir em nome do progresso…
O homem não aprendeu nada!!! Preciso ir dormir…
Publicado em: Governo