Nesse espaço e no meu facebook o debate foi caloroso e muitos acham que a UFMA é capaz de produzir tal programa de gestão pública mesmo não possuindo o curso de administração pública e os que poderiam trazer algumas idéias em políticas públicas, como o de medicina está completamente fora de contexto em todos os parâmetros de ensino/aprendizagem, além das necessidades que o estado requer, isso com mudanças curriculares e o estimulo a determinadas especializações… Isso é o reflexo da falta da indissociabilidade em ensino, pesquisa e extensão.
Abaixo, segue um artigo que publiquei há alguns meses atrás:
Por que o Hospital Dutra só faz cirurgias de Alta complexidade?
A resposta é simples. Por que são elas as mais rentáveis aos futuros médicos. Cirurgias cardíacas, neurocirúrgicas, transplantes e a famigerada cirurgia de redução de estomago, estãoem alta. Porisso, falta especialistas em pediatria, clínica geral, cirurgião de abdômen, principalmente em cirurgias de média complexidade.
A cirurgia de redução de estomago virou uma mina de ganhar dinheiro e até tem especialistas para que a pessoa engorde e possa fazer a cirurgia bariátrica.
Por outro lado, já está mais que confirmado cientificamente que a metade dos obesos que fazem a cirurgia de redução de estômago engorda novamente depois de alguns meses ou anos. Vários fatores contribuem para isso. O principal é a falta de acompanhamento psicológico e nutricional. Se a pessoa tiver compulsão por comida, vai continuar se entupindo de alimentos calóricos mesmo depois da cirurgia, em que o estômago é grampeado e apenas 10% dele fica ativo. Com tão pouco espaço para armazenar comida, é difícil comer dois pedaços de pizza sem sentir desconforto. Mas o indivíduo compulsivo encontra outras formas de burlar a limitação anatômica. Pode bebericar goles de leite condensado.
Outra razão que faz alguém voltar a engordar é cirúrgico. Pelo método mais comum, o “novo” estômago é ligado diretamente ao intestino, onde o alimento passa a ser digerido. Com o tempo, essa junção pode alargar. O paciente sente que o alimento passa com facilidade e começa a comer mais. Há um terceiro fator. Freqüentemente, os médicos instalam um anel de silicone na junção entre o estômago e o intestino. Ele produz um estreitamento que dificulta ainda mais a passagem dos alimentos. Em alguns casos, porém, ocorre uma erosão nessa área. O anel entra no novo estômago ou na alça intestinal. Quando isso acontece, a pessoa começa a sentir ânsia de vômito e mal-estar. O jeito é retirar o anel. Aí o paciente volta a engordar.
O problema não está no estomago, mas sim na cabeça do obeso, por isso já existem especialistas para acompanhar pacientes que reduziram o estomago e universidades mais avançadas já incluíram em seus currículos a disciplina que trata desse acompanhamento, nos seus cursos de medicina. A UFMA tem essa cadeira? Garanto que não!!!
Houve o 14º Congresso Brasileiro de Obesidade e Síndrome Metabólico, sabem quantos profissionais maranhenses estiveram no congresso? Apenas três!!! Daí se tira o porquê do curso de medicina da UFMA não aparecer entre os 55 melhores do país.
Contudo, já existem meios com custos bem menores para redução de estomago. Por meio de uma simples endoscopia, o cirurgião leva um aparelho até o novo estômago. Por sucção, a máquina produz pregas no interior do órgão e as costura com dezenas de minúsculos grampos de plástico. O material é inofensivo. Caso alguns grampos se desprendam com o passar do tempo, eles são eliminados do organismo sem causar problemas. Uma das vantagens do novo método é a rapidez: 20 minutos. Mas a principal é o fato de não produzir cortes. A recuperação é bem mais rápida. No dia seguinte, o paciente pode voltar ao trabalho. Essa inovação busca realizar cirurgias pelos orifícios naturais. Essa é uma tendência mundial para diminuir os custos altíssimos de uma cirurgia convencional. Esse método sem cortes já acontece em cirurgias de apêndice ou vesícula biliar. A UFMA e seu hospital universitários já entraram nessa era moderna e de custos baixos?
É como disse Adib Jatene: “De 1996 para cá foram criadas 101 faculdades de Medicina. Isso é um escândalo!” Para ele, esse problema das escolas médicas há uma série de desinformações e de informações inadequadas. “Em primeiro lugar, não é verdade que temos muitos médicos no País. Precisamos de mais médicos. Por quê? Citamos a proporção de um médico por mil habitantes como sendo da Organização Mundial da Saúde, que no passado já usei, mas esse número nunca existiu. A Organização Mundial da Saúde nunca estabeleceu que o número de médicos deveria ser um para mil habitantes”, disse Jatene.
Diante disso, como ficará o país, principalmente o Maranhão, com a falta de especialistas não rentáveis? Ninguém quer mais ser um Clínico Geral, Pediatra, obstétrico, ginecologista e cirurgião geral!!! Estamos lascados!!!
Publicado em: Governo
Caro Professor,
Acho que Dep. Edivaldo é uma liderança nova e com um grande potencial, mais gostaria de concordar com sua critica, pois vejo nossa academia fada ao isolamento nos muros do campus do Bacanaga. O fato é que ao contrario que li, onde remetem o fracasso das gestões ao acaso. O verdadeiro erro deve ser creditado aos sabichões que ao pensar que tudo sabem, não incluem a participação do povo em suas administrações.
Caro amigo, uma boa administração é aquela que não inventa, e procura coresponder ao desejo coletivo, é como procurar saber o que precisa ser feito em sua casa (como exemplo). Quem sabe mais é você ou um visitante sazonal???
Academia deve ser um fomentador do debate diariamente, com produtos de seus mestrados e doutorados possíveis de serem implantados. A fonte para os estudos fica no quintal.
Com certeza!!!
[…] que lhe chamei a atenção, senhor prefeito, no dia 21 de junho de 2012, através da postagem “Pois não é que alguns incautos ainda querem apontar que a UFMA tem capacidade de gerir o programa …nessa matéria, eu já chamava a atenção para os problemas que viriam para área de saúde, senhor […]