Os deputados Hélio Soares e Tatá Milhomem dispararam contra os secretários – os ditos técnicos – que pretendem disputar as eleições em 2014.
Eles não citaram nomes, mas quem acompanhou as eleições municipais e o Diário Oficial, observa as movimentações dos secretários que pretendem ingressar na vida política.
Em minha opinião, isso é um desrespeito a bancada eleita e aqueles que ficaram na suplência, haja vista que não dispõem das mesmas condições políticas/econômicas que estes secretários passam a obter a partir de agora.
Fica evidenciado que muitos deputados, que hoje lutam para manter o grupo coeso podem perder seus prefeitos, pois não terão como concorrer com secretários de ponta.
O pior de tudo é que muitos desses secretários candidatos passam a lutar por suas eleições e não pela eleição majoritária.
Por outro lado, os atuais deputados podem ver suas bases sendo tomadas e passar a brigar por sua eleição e por traição pedir voto para o candidato majoritário de oposição.
Em conversa com um deputado, ele disse-me que os deputados secretários é algo comum e eles abrem a vaga sempre para um suplente. “O Ricardo Murad, por exemplo, não toma base eleitoral de nenhum deputado. Ele ainda conseguiu que um prefeito continuasse votando em mim e votasse em nosso candidato em 2014. Não vejo os outros secretários fazendo isso”.
Os pensamentos dos deputados Hélio Soares e Tatá Milhomem foram compartilhados pelos demais deputados da base.
Seria providencial que os partidos da base aliada do governo observassem com cuidado tais filiações e candidaturas, além do governo analisasse alguns convênios pra lá de esquisitos…
Publicado em: Governo