O ENEM…

Publicado em   24/nov/2012
por  Caio Hostilio

Este assunto não quis comentar nesse blog, mesmo sendo provocado em alguns comentários. Primeiro por não se tratar de um assunto que leve ao debate político, mas sim ao debate educacional em sua essência.

Analisei o resultado do Enem em todos os seus princípios educacionais. Não avaliando somente o Maranhão, mas dos os Estados e fazendo comparações do público com o privado. Pois uma mensuração deve ser bem apurada para averiguar a evolução educacional brasileira.

Apenas um dado para os maranhenses. A escola do Maranhão que ficou melhor colocada no ranking nacional foi o Reino Infantil, na colocação 164º,  seguida pela Escola Crescimento 455º, Educator 543º e Upaon-Açú 1.073º. Escolas particulares, mas que se sairam bem pior que muitas escolas públicas estaduais e federais.

Outro caso bastante interessante. No estado do Piaui, por exemplo, existe uma escola pública que ficou entre as melhores do país e ao mesmo tempo tem outra que ficou sendo a segunda pior do país. Por que a disparidade? Simples a explicação. A educação é uma reta que se inícia no ensino infantil, passa pelo fundamental, chega médio e segueem diante… Comcerteza o prefeito dessa cidade bem colocada soube investir na educação infantil e os alunos foram bem alfabetizados, tiveram de fato um educação fundamental dentro dos principios exigidos e engressaram no ensino médio numa escola com os mesmos padrãos oferecidos pelo prefeito.

A escola estadual mais colocada foi uma do Rio de Janeiro. Ela é uma escola centenária naquela cidade e tinha as mesmas qualidades da famosa D. Pedro II. Mas tem um difenrencial, ela oferece do ensino Infantil ao ensino médio.

Um questionamento a ser feito. Por que as escolas públicas mais bem avaliadas foram as federais? Porque oferecem de fato laboratórios para as mais diversas áreas e transformam as aulas prazerosas e não obrigatorias. Não existe ensino/aprendizagem apenas através de aulas expositivas e não dialogadas. Teorias sem a prática é algo cansativo e obrigatório.

Não adianta a educação ficar buscando subsídios para tornar o ato de aprender. É preciso entender que o ato é tornar a escola prazerosa e significativa. O certo que o resultado do Enem trouxe tanta disparidade entre escolas públicas e prividas e os educadores não prestaram a atenção que o ensino-aprendizagem inquietou muitos educadores pelo fato de verem tantos alunos desinteressados em sala de aula.

Muitos projetos, tantas teorias, busca por uma metodologia melhor e mais adequada, umas que são criadas e outras que são renovadas e mesmo assim os professores continuam insatisfeitos com os resultados e os alunos não se sentem atraídos pela aprendizagem.

Nesse contexto entra a ludicidade, que pode contribuir de forma significativa para o desenvolvimento do ser humano, facilitando no processo de socialização, de comunicação, de expressão, na construção do pensamento, além de auxiliar na aprendizagem.

Os alunos de hoje desejam uma educação prazerosa e significativa. Sendo muitas vezes mais interessantes para eles ficarem sentados horas a frente da televisão, do videogame e do computador. Com isso, trazem para sala de aula essa frustração e a desmotivação.

Por exemplo, despertar o prazer pela leitura é um trabalho contínuo e, para atingir esse fim é preciso que existam estratégias variadas e encorajadoras, para provocar nos alunos uma viagem à fantasia e aos sonhos, onde somente um bom livro pode levar, abrindo a mente para a ficção e a realidade. Não seguir apenas os livros didáticos, pré-estabelecidos. O professor tem que aprender a ter prazer em ensinar e aprender a aprender com os questionamentos críticos.

  Publicado em: Governo

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