Membros do Conselho Estadual de Saúde (CES) e do Ministério Público (MP) visitaram, nesta quinta-feira (14), as UPAs do Araçagi, Parque Vitória, Cidade Operária, Vinhais e Itaqui-Bacanga. O grande número de pacientes para serem atendidos, em observação e hospitalizados chamou a atenção dos conselheiros. “A nossa intenção é fazer um diagnóstico da realidade das unidades de urgência e emergência de São Luís para que possamos indicar melhorias neste serviço”, adiantou a conselheira que representa a Federação do Comércio de Bens e Saúde (Fecomércio), Ivanilde Sampaio.

A equipe era formada, também, pelas conselheiras Janette Santos Alves (Conselho Regional de Enfermagem) e Luizângela Nogueira (gestão de Saúde), a promotora de Saúde em exercício Glória Mafra, e a médica infectologista do Ministério Público, Graça Viana.

Glória Mafra explicou que um relatório detalhado sobre o funcionamento das unidades de urgência e emergência será elaborado e encaminhado ao Ministério da Saúde para que tome conhecimento de como os serviços estão sendo realizados na capital. “É necessário conhecer as unidades, as condições dos serviços prestados e como este paciente está sendo tratado. O SUS é universal e cada ente federativo tem que cumprir as pactuações acordadas. Queremos identificar as demandas para que possamos apontar melhorias no atendimento de saúde prestado à população”, disse ela.

A diretora da UPA Araçagi, Luciane Bacellar, explicou que nestes primeiros dias do mês de março já foram registrados 6.562 atendimentos. “Estamos atendendo uma média de 500 pacientes por dia. As pessoas já não buscam mais assistência ambulatorial nas unidades do município porque dizem que o atendimento aqui é mais rápido e eficaz”, explicou. A UPA atende casos de urgência em clínica médica, odontologia, ortopedia e pediatria.

Na UPA do Parque Vitória foram realizados 4.872 atendimentos nos primeiros 13 dias deste mês. Foram 3.254 de clínica médica e 1.518 pediátricos. A UPA da Cidade Operária vem registrando nos últimos dias uma média de 600 atendimentos diários. “Esta área abrange vários bairros populosos e as pessoas já não buscam mais o atendimento no Socorrão II. Também por ser a UPA mais próxima da BR-135, os pacientes têm mais facilidade de acesso”, explicou a chefe de enfermagem, Sonia Maria Gomes.

Francilene dos Santos, moradora da Cidade Olímpica, era umas das pessoas em observação da UPA da Cidade Operária. Com dores no peito, ela foi estabilizada e aguardava por uma transferência para o Hospital Tarquínio Lopes Filho (Geral). Camila Costa de Souza estava como acompanhante de sua irmã Jennefer Cherly Costa, 10 anos. Moradoras da Cidade Operária, a menor deu entrada na unidade com febre alta e vômitos. “Ela foi logo atendida, fez exames, medicada e já apresenta melhoras”. 

Na UPA do Vinhais a média de atendimento chega a 300 pessoas por dia, entre clínica médica, pediatria e assistência social. Na unidade projetada para atender 150 pessoas/dia, os pacientes de pediatria chegam a esperar até 60 minutos pela consulta. “Temos apenas um consultório pediátrico e a demanda é grande”, explicou o diretor geral da unidade, Rodrigo Fernandes. Os seis leitos adultos e pediátricos da unidade estavam ocupados no momento da visita dos conselheiros.

A situação verificada na UPA Itaqui-Bacanga não é diferente das demais. De acordo com a diretora da unidade de saúde o número de pessoas que buscam atendimento triplicou nos últimos meses. “Antes atendíamos entre 150 e 200 pacientes por dia. Hoje chegamos a atender até 500 pessoas”, diz Eugênia Araújo. Mesmo com o aumento no número de atendimentos ela explica que o objetivo é não deixar o nível de qualidade cair.

Com três anos de existência, a UPA Itaqui-Bacanga atendeu, no mês de fevereiro, 7.717 paciente de clínica médica e 2.964 na pediatria.

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