Desde que foi eleito para o cargo, o parlamentar tem sido pressionado para deixar a função
Tércio Amaral
O presidente da Comissão de Direitos Humanos, o deputado e pastor Marco Feliciano (PSC), negou qualquer especulação de que sairia do comando da comissão. Neste domingo (24/3), em entrevista ao programa Pânico na Band, da Rede Bandeirantes, o religioso que é acusado de racismo e homofobia por movimentos sociais, rechaçou qualquer possibilidade de deixar o cargo. Desde que foi eleito para o cargo, o parlamentar tem sido pressionado para deixar a função. O presidente da Casa, o deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB), já disse que a situação de Feliciano ficou “insustentável” e que seria resolvida até terça-feira.
“Fui eleito por um colegiado. É um acordo partidário e acordo partidário não se quebra. Só se eu morrer”, disse o parlamentar. Feliciano afirmou ainda que renunciar ao cargo seria como assinar um atestado de confissão de que é racista.
“Uma coisa é você dialogar com um adulto. Uma coisa é você chegar em casa e ter que explicar para uma criança de 10 anos porque na escola falam que seu pai é racista. Isso dói, isso machuca. Então, uma renúncia é como se eu assinasse um atestado de confissão, eu sou mesmo (racista), então estou abandonando (a comissão). Eu não sou (racista) e estou aqui para provar isso”, comentou.
O deputado, que também responde uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) por estelionato, também deu sua versão sobre o vídeo em que aparece criticando um fiel de sua igreja que doou um cartão, mas não forneceu a senha. “Doou o cartão, mas não doou a senha. Aí, não vale. Vai pedir um milagre para Deus, Deus não vai dar e (a pessoa) vai falar que Deus é ruim”, diz ele no vídeo.
“Todas as igrejas usam cartão de crédito. A pessoa passava o cartão na hora, é a modernidade, é o futuro”, afirma. “Também não foi dízimo. Ali era um congresso que cuida de mais de 30 mil crianças. A oferta levantada naquele evento era para manutenção de tudo isso. A pessoa mandou o cartão. Eu chamei a pessoa três vezes, para ela pegar o cartão dela de volta. Mas também temos senso de humor. Aí eu brinquei: ‘o cartão sem a senha não funciona’”, completou
Publicado em: Governo
[…] Fonte: Caio Hostilio […]