A presidente poderá ter dois palanques no Estado do Rio.
JB
A presidente Dilma Rousseff vem administrando a disputa no Rio de Janeiro para evitar que a briga entre PMDB e PT possa respingar em sua campanha. O governador Sérgio Cabral, tentando eleger seu vice, Luiz Fernando Pezão, com cerca de 10% das intenções de voto, e Lindbergh Farias, que nas últimas eleições teve 4,5 milhões de votos, poderão garantir uma votação expressiva para sua reeleição, mesmo com um racha na base de apoio e com a possibilidade de dois palanques no Estado.
Em São Paulo, Dilma enfrentará o ninho tucano e, consequentemente, terá alguma dificuldade pela frente. O cenário paulista, no entanto, começa a mudar, já que o PT conseguiu retomar a capital do Estado com Fernando Haddad, mas o PSDB ao longo dos 20 anos em que vem mantendo o Governo de São Paulo, consolidou suas raízes eleitorais e deverá representar uma forte resistência à candidata do PT.
Em Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do país, Dilma vai enfrentar Aécio Neves numa situação difícil para a presidente. O ex-governador ao deixar o governo do Estado tinha grande aprovação da população mineira, tanto que conseguiu fazer seu sucessor, Antonio Anastasia, que deverá trabalhar forte para o padrinho.
No Nordeste, Dilma poderá enfrentar Eduardo Campos, do PSB, que tem um dos maiores índice de aprovação do eleitorado pernambucano, sendo um dos governadores mais populares do país. Campos saindo candidato deverá dividir a região retirando de Dilma uma massa considerável de votos que sempre foram do PT com Lula nas suas duas eleições e com a própria Dilma, em sua primeira eleição.
Quanto aos tucanos – até o momento os adversários mais certos de Dilma na próxima eleição presidencial – temem um desfecho do julgamento pelo Supremo Tribunal Fedral (STF) dos recursos apresentados pelos réus do mensalão. A maior preocupação dos tucanos seria despertar a velha disposição da militância do PT tendo como cenário as lideranças do partido sendo presas e a possibilidade de perder o poder.
Publicado em: Governo
[…] Fonte: Caio Hostilio […]