São Luís vai ganhar quatro novos Restaurantes Populares. A licitação em curso para a construção das novas unidades alimentares vai dar andamento à meta do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social e Agricultura Familiar (Sedes), de elevar a qualidade nutricional da população de baixa renda da capital maranhense.
Os novos Restaurantes Populares serão construídos nos bairros do Maiobão, Sol e Mar, Coroado/Coroadinho e no Centro da cidade. A meta de atendimento é oferecer mil refeições por dia, a mesma quantidade ofertada nas unidades já existentes nos bairros do Anjo da Guarda e Cidade Olímpica, este último, inclusive, está ampliando sua estrutura física por ter superado as metas previstas para a comunidade.
Segundo a gestora do Programa Restaurantes Populares, Raissa de Cássia Martins, o projeto tem apresentado resultados muito positivos. O último levantamento realizado pela coordenação mostrou que os restaurantes do Anjo da Guarda e da Cidade Olímpica serviram mais de 300 mil refeições, de junho/2012 a abril de 2013.
O principal objetivo da iniciativa é garantir segurança alimentar e nutricional às populações em vulnerabilidade social e em condições de pobreza ou extrema pobreza, oferecendo alimentação saudável originada de processos seguros e vendida a preço simbólico de apenas R$ 1, cabendo ao Governo do Estado a contrapartida de mais R$ 5,23 sobre o valor total de cada refeição. Os bairros contemplados para receberem os Restaurantes Populares foram selecionados por apresentarem grandes contingentes populacionais, composto essencialmente por pessoas de baixa renda, desempregados, idosos e estudantes, principais públicos-alvo do programa.
Um dos usuários assíduos do Restaurante Popular do Anjo da Guarda é o vendedor ambulante Antônio José Moura, 34 anos. “Gosto muito de almoçar aqui, principalmente nos dias em que a comida é frango, purê, salada, feijão e arroz, como hoje”, disse ele. Já sua esposa, a também vendedora Luzinete Cardoso, prefere os pratos com carne bovina e não dispensa a sobremesa e o suco natural que acompanham as refeições.
A gestora Raissa de Cássia destacou que, além do valor acessível, um dos maiores atrativos dos Restaurantes Populares é a própria qualidade da refeição oferecida. O cardápio é saudável, variado e elaborado por uma equipe de nutricionistas. “Os alimentos utilizados na feitura dos pratos são frescos e comprados diretamente da agricultura familiar na região, originários das hortas e de pequenos polos agrícolas”, acrescentou a coordenadora do programa.
Os Restaurantes Populares são projetados com estrutura confortável, ambiente limpo e em locais de fácil cesso. Esse foi o aspecto destacado pela dona-de-casa, Ana Zélia da Silva, moradora do Anjo da Guarda. “Tudo aqui é sempre muito limpo. Foi uma iniciativa muito boa para o nosso bairro”, frisou ela, enquanto aguardava na fila de atendimento.
Correlata
Sedes e Ufma realizam pesquisa para identificar famílias em insegurança alimentar na capital, visando a realização de um levantamento que apresente um diagnóstico da prevalência de insegurança alimentar e nutricional em famílias da área urbana de São Luís, atendidas pelo Programa Restaurante Popular, a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Social e Agricultura Familiar (Sedes) firmou parceria com a Universidade Federal do Maranhão (Ufma), por meio do curso de Nutrição, para a elaboração de um estudo técnico-acadêmico com informações que dê embasamento para a adequação do Programa Restaurante Popular à realidade nutricional das populações beneficiadas pela iniciativa.
A pesquisa será elaborada por alunos dos dois últimos períodos do curso de Nutrição, acompanhados por professores da Ufma e supervisionados por técnicos da Sedes. O primeiro estudo será realizado com as famílias atendidas pelo Restaurante Popular do Anjo da Guarda.
Segundo a gestora do Programa Restaurante Popular, a nutricionista Raissa de Cássia Martins, a consolidação da ideia de que a alimentação como direito humano básico deve ser uma preocupação cotidiana é o que norteia a iniciativa da Sedes em realizar esta pesquisa, no sentido de identificar os grupos familiares que ainda se encontram em processo de insegurança alimentar, na região pesquisada. Ela explica ainda que a insegurança alimentar é a falta de acesso por meios socialmente aceitáveis a uma dieta qualitativa e quantitativamente adequada às necessidades humanas individuais, de forma que todos os membros da família se mantenham saudáveis.
“A insegurança alimentar, além de ferir o direito básico à alimentação, pode se manifestar de diversas formas, como doenças associadas à má alimentação, à fome e ao consumo de alimentos que não são seguros e, portanto, prejudiciais à saúde, principalmente quando a população em questão encontra-se em fases vulneráveis da vida”, frisou.
Carências
No levantamento, os alunos vão aplicar questionários de avaliação nutricional, socioeconômica, hábitos alimentares, entre outros aspectos, para se chegar a um diagnóstico mais preciso das reais carências nutricionais das famílias envolvidas na pesquisa e os motivos que contribuem para isso: se por falta de renda, desconhecimento ou outro fator qualquer.
Além de identificar as carências nutricionais das famílias pesquisadas e o perfil dos usuários do Programa Restaurante Popular, a iniciativa tem ainda como finalidade acompanhar, de alguma forma, as famílias inseridas nesse contexto e ajudá-las a chegar a um índice aceitável de nutrição, adequando as refeições servidas nos Restaurantes Populares às principais carências nutricionais apresentadas pela população-alvo do estudo.
A pesquisa também vai tabular outras informações relevantes para consubstanciar o Programa Restaurante Popular, como identificar as faixas etárias, as ocupações e a condição social dos usuários, entre outros aspectos.
Publicado em: Governo
[…] Fonte: Caio Hostilio […]
Por que Roseana fechou o Restaurante Popular da Areinha logo depois que foi eleita? Por que ela vai abrir os restaurantes somente nas vésperas da eleição? É para fechar depois, também?
E se os restaurantes tem esse público alvo que você falou, por que não é feito nenhum tipo de controle, permitindo que pessoas com boas condições financeiras comam a comida destinada aos “carentes”?
Me explique, que segurança alimentar tão insegura é essa?
você come lá?
Como, se tá fechado? E o que tem isso a ver?