Sempre digo para muitos jornalistas e até políticos que não se deve basear em resenhas de Diários Oficiais, haja vista que elas não trazem a essência de uma determinada compra, aluguel, contrato, prestação de serviço e aditivos de contratos.
É preciso conhecer o processo de capa a capa, pois é nele que consta o pedido do objeto, sua justificativa, todo o tramite licitatório, o parecer técnico (primordial, pois pode levar a licitação automaticamente para uma dispensa de licitação ou por inexigibilidade.
Quando o Jornal Veja Agora denunciou a compra dos livros didáticos de uma editora fundo quintal do Paraná, disse que não poderíamos nos basear apenas pela resenha do Diário Oficial, que fizéssemos isso apenas poderíamos denunciar a compra de livro fora da época e questionar a inexigibilidade, pois aqui em São Luís existem a FTD, Sipione e outras editoras com as mais diversas especialidades em linha pedagógica.
Lutei para ver esse processo de capa a capa, até que o ex-secretário Edison Nascimento foi obrigado pela Justiça a me ceder cópia de todo o processo.
A aí sim pude ver todas as irregularidades cometidas naquela aquisição de R$ 20 milhões, isso partido do pedido de compra, a justificativa, o parecer técnico e como chegaram a declarar a inexigibilidade.
Por que acho que o secretário Fialho tem que se justificar na Assembléia Legislativa sobre um convênio pra lá de esquisito de R$ 5 milhões? Simplesmente porque o contrato firmado apresenta irregularidades, que devem ser explicadas não só aos deputados, mas a corregedoria do Estado e, principalmente, a governadora Roseana Sarney.
É preciso ter coerência para analisar com frieza os ditames da administração, seja ela privada ou pública, e diante do que pude ver no contrato firmado, com certeza existem irregularidades.
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