E aí, o que os politiqueiros debaterão sobre a “Saúde” depois da matéria do Fantástico?

Publicado em   01/jul/2013
por  Caio Hostilio

imagesCom certeza as baboseiras de sempre, que não traz nada, nadica de nada, que possa realmente transformar a saúde pública oferecida tanto pelo Estado quanto pelos municípios maranhenses, principalmente São Luís, que é o município que detém a maior fatia dos recursos enviados para o Maranhão, incluindo aí o governo estadual.

O programa Fantástico, da Rede Globo, buscou a veracidade em muitos pontos do caos na saúde pública brasileira. De início mostrou que o Brasil vive uma situação de contrastes, pois algumas cidades têm médicos, porém não oferecem estrutura, enquanto que outras cidades oferecem postos de saúde novos e bem equipados, mas nenhum médico quer trabalhar no local.

Em que situação o seu município se enquadra? Em São Luís, com certeza, fica com a primeira opção, ou seja, têm médicos, porém não oferece estrutura alguma de trabalho.

Vejam o que a matéria do Fantástico mostrou – assunto sempre questionado nesse blog: “os municípios recebem os recursos do Ministério da Saúde, mas não cumprem com suas prerrogativas” -, uma gestante que mora no município de Ferreira Gomes, a 137 quilômetros de Macapá, precisa fazer um ultrassom, mas a Unidade Mista de Saúde, que recebe recursos do Ministério da Saúde para funcionar como um hospital de emergência, não esse tipo de equipamento?

Aí está a diferença!!! O Amapá é governado por um membro do PSB, por isso, tenho certeza, que nenhum politiqueiro cobra do governador pela falta de cumprimento de suas prerrogativas da saúde estadual, enquanto que no Maranhão a culpa de tudo é a governadora, mesmo existindo todo tipo de ilicitude com os recursos da  saúde nos municípios maranhenses… Aluguel de CRM é um caso alastrado nesse Estado para o cumprimento do PSF.

O médio do “hospital” disse: “Não temos raio-X, não temos um laboratório que ofereça todos os exames que geralmente nos solicitamos. As vezes falta até fio de sutura, as vezes nos não temos medicações básicas”

 A técnica em enfermagem Neuraci Lima Pereira técnica trabalha há dez anos no hospital e também é vereadora na cidade. Ela diz que sequer há roupa de cama para os 12 leitos. “Nós não temos alimentação pra dar para o paciente, não temos lençol, as enfermarias não tem ventilador e os que estão instalados não funcionam. Então não temos como manter nenhum paciente internado aqui”, afirma.

Veja que a matéria mostrou que a falta de atendimento médico de qualidade não é problema só de vilarejos em regiões extremas. Em São Paulo, terceira cidade em número de médicos por habitante no país, dona Idália, de 73 anos, aguarda atendimento há três dias. Ela caiu da cama e fraturou o braço.

Ela precisa fazer uma cirurgia, que, até a última quinta-feira, não tinha sido marcada. A sobrinha conta que dona Idália passa os dias em uma cama, em um corredor do Hospital Municipal do Campo Limpo, na periferia da Zona Sul.

“Até agora não passou nenhum medico pra olhar um raio-X que ela fez, disse que está com início de pneumonia e não fizeram nada, continua do mesmo jeito que está”, diz a diarista Camila dos Santos Almeida.

Essa situação faz lembrar a situação desumana dos Socorrões de São Luís!!!

Mas o governo do Amapá diz que iniciou em 2013 um programa de reestruturação e construção de mais unidades de saúde. E, sem fixar prazo, afirma que a unidade de Ferreira Gomes é uma das que serão reestruturadas. Rsrsrrsrsrs.

São Paulo tem 2400 vagas para médicos em aberto, segundo a prefeitura.  A carência vai dos grandes hospitais públicos. O desabafo por falta de postos de saúde: “Se eu tivesse um posto aqui, que fosse pelo menos de dia, e tivesse um medico, já resolveria o problema”.

Por outro lado, o Supervisor de Saúde de uma das regiões calamitosas de São Paulo disse que falta de interesse. “É uma região bastante conturbada, que tem bastante problema social. O salário para o médico é em torno de R$ 13 mil”, diz o supervisor de saúde da região de Pirituba e Perus João Marcondes da Silva Filho.

Números do Ministério da Saúde indicam que o Brasil tem menos médicos do que necessário: 1,8 para cada mil habitantes. O índice é menor do que os de países como a Argentina Portugal e Espanha.

Diante disso, a presidenta Dilma está errada em querer trazer médicos de fora? Em minha opinião, ela está certa!!! O Fantástico disse que o governo anunciou a abertura de 35 mil vagas até 2014. Se não conseguir preencher os postos de trabalho com brasileiros, estrangeiros poderão se candidatar. Nesse caso, segundo o Ministério, os contratos serão por prazo determinado. “Com autorização exclusiva pra atuar naquela região. Não pode exercer medicina fora da periferia das grandes cidades e dos municípios do interior. Com isso, não vai disputar vaga nem mercado de trabalho com o médico brasileiro”, explica o ministro Alexandre Padilha.

Já o CRM discorda de que os estrangeiros não precisarão fazer provas para revalidar o diploma obtido no exterior. E isso, o Conselho Federal de Medicina não aceita. “Isso é um perigo, é um risco. Nós vamos fiscalizar atentamente cada ato, cada gesto desses médicos. Se for erro médico, vamos puní-los exemplarmente. Vamos ao judiciário e vamos até às cortes internacionais se for o caso”, afirma Roberto Luiz D’Ávila, presidente do CFM.

Vamos aguardar!!!

  Publicado em: Governo

4 comentários para E aí, o que os politiqueiros debaterão sobre a “Saúde” depois da matéria do Fantástico?

  1. Globomerda disse:

    Salario de 13mil?! Kkkkkkk so se for em 6meses de trabalho! No Edital de Campo limpo paga menos que uma residencia medica! Cara de pau da rede globo manipulandoe !!!!

  2. Amoreirag disse:

    Mesmo nesta profissão de abnegados, há os canalhas e os maus. Há o lado cruel e desumano de uma classe que é conhecida, sem exageros, como a “máfia de branco. Esses só pensam mesmo em dinheiro. Aqui em Itapecuru um médico recebe 12.400,00 pra trabalhar 4 dias (sendo que o normal seria 5), com transporte para levá-los aos Postos de Saúde da zona rural e alimentação. Em contrapartida, um enfermeiro recebe 3.200,00 para trabalhar 4 dias ((sendo que o normal seria 5) e um auxiliar de enfermagem recebe 858,00 para cumprir carga horária completa de 5 dias.

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