O Mundo gira em torno dos intelectuais orgânicos e dos intelectuais tradicionais, cujas dinâmicas já mostraram pela longa história que nada muda. Por isso o homem aposta numa hora em um e em outra no outro, ficando claro, com isso, que os seres humanos são incapazes de transformar alguma coisa que melhore de fato o bem-estar coletivo.

Na última segunda-feira, o senador José Sarney fez um pronunciamento bem enfático sobre esse tema, deixando seus pares impressionados com a lucidez com que o senador amapaense de 82 anos falou sobre as manifestações, chegando o senador Pedro Simon a dizer que ficou com uma inveja cristã das palavras proferidas por Sarney. Vale conferir.

Mas é exatamente a história que mostra toda essa incoerência dos seres humanos. Atualmente a “oposição” que antes era governo, faz o mesmo que os agora são governo.

Gramsci foi um gênio ímpar, por isso Mussolini o odiava tanto!!!

Mas vejam abaixo essa matéria que foi publica no meu antigo blog, no dia 12/06/2008, e observem se os discursos mudaram ou apenas se inverteu as posições dos agentes?

AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE OS PROBLEMAS DA SEGURANÇA PÚBLICA NO MARANHÃO

Como falei anteriormente, a secretária Eurídice Vidigal não compareceu à audiência pública, mandando em seu lugar o delegado Sindones Cruz e o Coronel Getúlio.

Os trabalhos da audiência foram dirigidos pelo presidente da Comissão de Segurança Cidadã da Assembléia Legislativa, deputado Chico Gomes. Fizeram parte da Mesa Diretora dos trabalhos os deputados Raimundo Cutrim (Vice-presidente da Comissão de Segurança Cidadã), Max Barros (autor do requerimento pedindo a audiência) e da Helena Barros Heluy.

O deputado Chico Gomes abriu os trabalhos dizendo que a crise da Segurança Cidadã do Maranhão é constrangedora e, por isso, o objetivo dessa audiência é ouvir o povo do Maranhão e os diversos seguimentos organizados. “Não estamos aqui para gerar conflitos, mas sim para trazer soluções para a segurança pública”, falou Chico Gomes.

O deputado Max Barros, autor do requerimento, disse que a Mesa negou seu requerimento, mas o plenário aprovou a audiência. “Queria lamentar a ausência da secretária Eurídice Vidigal. Esta Casa do Povo abre essa plenária para escutar as dificuldades e as realizações do governo. Nessa oportunidade ímpar, a secretária Eurídice Vidigal está ausente”, disse Max Barros.

Max disse, ainda, que esta é a oportunidade de um debate aberto e que a Dra. Eurídice simplesmente fugiu do debate. “Ela não foi convidada e sim convocada, desrespeitando a Constituição Estadual e, por isso, pode responder por crime de responsabilidade”.

Para o deputado Raimundo Cutrim, A secretária Eurídice Vidigal não tem comando e o governo Jackson Lago manda negociadores que não tem poder de decisão negociar o fim da greve.

Como de costume do governo Jackson Lago, o substituto da secretária Eurídice Vidigal, Coronel Getúlio, apresentou um Data-show com ações virtuais da Secretária de Segurança Cidadã. Como protesto, os policiais presentes à audiência viraram as costas para a fala do coronel.

Na tentativa de justificar a ausência da secretária Eurídice Vidigal, o coronel Getúlio disse que ela não estava fugindo do debate e que, por isso, mandou seus representantes. Então ta!!!

Mas consciente das necessidades da Segurança Pública no Maranhão, o coronel Pinheiro Filho disse que não é interessante para a Polícia Militar, a Polícia Civil e os Agentes Penitenciários entrarem em conflito.

Pinheiro Filho foi aplaudido quando reconheceu e tem convicção que é humanamente impossível os agentes penitenciários fazer a Segurança Cidadã. “É humanamente impossível se ter um presídio de qualidade com as deficiências que temos lá”, falou Pinheiro Filho.

Pedindo a palavra, o deputado Max Barros disse que discordava da justificativa dada pelo adjunto sobre a ausência da secretária Eurídice Vidigal, visto que não se concebia ela ter preferido ir a Brasília em vez de está aqui com a polícia em greve.

Fatores nas falas dos sindicalistas que chamaram a atenção foram à terceirização do Cadeião, que é administrado por uma empresa que administra condomínios, isso sem licitação e, principalmente, tirando a oportunidade dos maranhenses; os agentes penitenciários têm que bancar suas armas e munições e, por fim, a falta de investimento na Polícia Técnica, onde não existem equipamentos adequados, principalmente de um gerador de energia, visto que a falta luz elétrica constante no IML, vem apodrecendo os cadáveres. Um dos presentes até ironizou dizendo, em off, que comprassem sal grosso para manter os cadáveres em bom estado. É mole!!!

  Publicado em: Governo