Claro que se deve partir da estrangulação do Sistema de Saúde do município de São Luís, para que se dessa vazão a estratégia de colocar a Pró-Saúde no comando de tudo, inclusive mantendo sob o seu controle todos os cargos graduados, que vai do Secretário Municipal de Saúde até o último funcionário que tem o menor controle no organograma funcional.
É aonde entra o Yglésio Moyses nesse esquema? Ora bolas!!! Yglésio Moyses é do tipo topa tudo e não gosta seguir os ritos da administração pública, além de saber ter olho sempre alerta para qualquer suspeita de qualquer funcionário que não esteja enquadrado no esquema. É um sargentão, aquele tipo arbitrário, arrogante e, principalmente, pau pra toda “obra”.
O primeiro passo já foi conseguido, pois o estrangular do sistema de saúde de São Luís e exonerar todos aqueles que não comungavam com essa estratégia maquiavélica já estão fora.
O segundo passo é entregar toda a responsabilidade da saúde de São Luís nas mãos da Pró-Saúde e, assim, livrar-se da Lei 8666/93 e dos ditames das obrigações impostas pelo serviço público.
Qual é a finalidade? Procurem mensurar o custo de uma eleição para governador e depois procurem saber onde a maior parte dos mais de R$ 350 milhões foi parar…
Com isso, quem perde é a coletividade, haja vista que existe o Pacto pela Saúde, que engloba o esforço das três esferas de governo (municípios, estados e União), tendo como objetivo principal avançar na implantação dos princípios constitucionais referentes à saúde no Brasil e definir as responsabilidades de gestão de cada ente federado.
Vale ressaltar que o jogo pelo poder não se preocupa com o bem-estar da coletividade, para isso basta se lembrar do descaso do adjunto da saúde municipal com as pessoas que precisam de diálise. Os interesses neoliberais buscam transformar nosso direito à saúde em mercadoria geradora de lucro. Para isso, há uma ação sistemática de alguns grupos para que a política pública não funcione e, assim, possa utilizar desse discurso nefasto para enganar o povo.
Mas é necessária que se mostre a coletividade que o Pacto de Gestão é outra dimensão do Pacto pela Saúde, cujas diretrizes dizem respeito à Regionalização, ao Financiamento, ao Planejamento, à Programação Pactuada e Integrada da Atenção à Saúde (PPI), à Regulação da Atenção à Saúde e da Assistência, à Participação e Controle Social, à Gestão do Trabalho e à Educação na Saúde. Seu foco é radicalizar os princípios da regionalização, hoje um dos maiores desafios do SUS. O sistema ainda convive, em muitos casos, com uma lógica velha, centralizada, e que não permite o pleno e qualificado acesso dos cidadãos às ações e aos serviços de saúde.
Por isso é que a coletividade desconhece as mais diversas rubricas que o SUS oferece, principalmente, à Atenção à Saúde e a média e alta complexidade, como já mostrei aqui diversas vezes quais são as rubricas que a cidade de São Luís é contemplada, porém não cumpre com suas responsabilidades…
Publicado em: Governo