Arquivo de agosto de 2013

Flávio Dino: Um produto inacabado

Postado por Caio Hostilio em 19/ago/2013 - 6 Comentários

Charge-Dino-EmbraturÉ preciso observar a peregrinação ex-juiz Flávio Dino em chegar ao poder a qualquer custo, isso sendo um calouro em política, cujo seu único mandato foi o deputado federal, cujos votos são duvidosos, principalmente os alcançados em Tuntum, deixando claro, com isso, que entrou pela porta dos fundos na vida política.

Depois que José Reinaldo quis transformar Flávio Dino num mito ou até num super star, passou-se a ver as mais diversas barrigadas da publicidade em querer vendê-lo como um produto pronto, coisa que vários políticos e muitos da mídia embarcaram no açodamento e na alimentação de que ali estaria a derrocada do grupo ao qual José Reinaldo fez parte a sua vida toda.

Em 2008, os publicitários tentaram vender Flávio Dino como o salvador da pátria, o homem certo, no lugar certo, para que o desenvolvimento fosse incrementado em São Luís. Observou-se dois pontos desastrosos naquela campanha: Tentar vender um ex-juiz para salvar as necessidades administrativas do povo, porém não disseram como fariam isso… Atualmente não cola mais vender um produto inacabado, pois todos sabiam que Flávio Dino não tinha nenhum conhecimento em gestão pública e que a prefeituras seria comandado pelas raposas felpudas, tais como José Reinaldo, Humberto Coutinho, Tema, Rubens Pereira e demais famintos!!!

Em 2010, os publicitários voltaram continuam querendo vender um produto inacabado usando da estratégia de que somente ele seria o limpo entre todos, porém continuam sem mostrar nada que pudesse ser aproveitado de substancial no candidato.

Quem não lembra que o programa eleitoral de Flávio Dino tinha como ponto forte uma cozinha fazendo palhaçadas para tirar Jackson Lago páreo e criticar Roseana? Mas propostas inovadoras e mudanças em gestão pública não se viram nenhuma!!!

Em 2012, Flávio Dino conseguiu eleger seu candidato em São Luís, usando o slogan do Novo e da Mudança. Edivaldo Holanda foi o boneco perfeito para ser teleguiado, cujas respostas já eram pré-elaboradas, mesmo que não correspondessem as perguntas.

Não tinham planejamentos e projetos que realmente houve algo de novo e de mudança na gestão de São Luís. Tudo não passou de uma utopia!!!

Agora querem desvincular o nome de Flávio Dino ao de Holanda Junior, como se o povo fosse otário. O enganado na história não foi o Flávio Dino, mas sim o Holanda Junior, que confiou que Flávio Dino tivesse uma varinha condão para resolver os problemas crônicos de São Luís… O pobre rapaz caiu feito um patinho nas histórias da carochinha e como Alice no país das maravilhas, Holanda Junior espera as manobras do homem de lata.

O certo é que o ex-juiz não passa de um grande engodo e gordo, pois agora querem lhe tirar suas papadas e melhorar sua dicção, como se isso fizesse transformá-lo em um gestor público de fato…

É preciso reconstruí-lo novamente, principalmente na sua trajetória profissional, haja vista que em gestão pública seu conhecimento é pífio… Não adianta melhorar a voz e retirar as papadas, porém continuar com uma formação ordinária!!!

Virou bagunça!!! “Foram ultrapassados alguns limites”, diz entidade sobre bate-boca no STF

Postado por Caio Hostilio em 18/ago/2013 - Sem Comentários

Correio Braziliense

imagesAs três principais associações da magistratura divulgaram nota conjunta na qual condenam a postura adotada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, no julgamento dos recursos do mensalão. As entidades avaliam que a insinuação de que um colega de tribunal estaria a fazer chicanas não é tratamento adequado a um integrantes da Suprema Corte brasileira.

Na nota pública, as associações dos Magistrados Brasileiros (AMB), dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) e dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) apontam para a importância de os magistrados agirem com independência para decidir e sem serem criticados por quem, na mesma Corte, divirja do seu entendimento.

“Esse tipo de atitude não contribui para o debate e pode influir negativamente para o conceito que se possa ter do próprio tribunal, pilar do Estado Democrático de Direito (…) Eventuais divergências são naturais e compreensíveis num julgamento, mas o tratamento entre os ministros deve se conservar respeitoso, como convém e é da tradição do Supremo Tribunal Federal”, destaca o texto. As associações também citam o Código de Ética da Magistratura Nacional, segundo o qual o magistrado tem o dever de cortesia com os colegas.

“Foram ultrapassados alguns limites. A magistratura é referência para o povo brasileiro e, por isso, temos que agir com boa educação”, frisou o presidente da AMB, Nelson Calandra. Representantes das três entidades que assinam a nota tiveram um mal-estar com Joaquim Barbosa, durante reunião realizada em abril no gabinete do presidente do STF. No encontro, o ministro acusou os dirigentes de terem atuado na “surdina” pela aprovação “sorrateira” da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 544, que cria quatro tribunais regionais federais (TRFs). Durante o encontro, Barbosa afirmou de forma irônica que as novas Cortes seriam construídas em “resorts” e “grandes praias”, e determinou que o vice-presidente da Ajufe, Ivanir César Ireno, abaixasse o tom de voz. (DA)

Os médicos do Socorrão querem ser heróis e não anti-heróis!!!

Postado por Caio Hostilio em 18/ago/2013 - 4 Comentários

socorrãoEm conversa com alguns médicos da equipe cirúrgica do Socorrão I sobre o relato de uma médica que esteve num plantão daquela unidade de saúde, pude mensurar com maior clareza que esses médicos, na verdade, procuram salvar vidas, porém se tornam impotentes e até anti-heróis pela falta de equipamentos e condições de infraestrutura adequadas.

Dois estavam no dia do plantão da médica e confirmaram tudo o que ela dissera. Isso com maior detalhe sobre os que eles puderam salvar e aqueles que tiveram que morrer, mesmo sabendo que a maioria esmagadora não chegaria a óbito.

Por que os seres humanos perdem a sensibilidade e o amor a seu semelhante? Esquecendo que esse tenha sido dos dois mandamentos de Jesus o que tenha mais sentido para humanidade?

O que mais doe em tudo isso, ainda, é a falta de valorização desses médicos, que lutam contra eles mesmos para salvar vidas e sabem que não podem pela impotência que são submetidos.

Muitos acompanharam das minhas postagens sobre a farra com gratificações com os recursos do SUS, porém sequer tinham conhecimento que as gratificações desses médicos são de apenas R$ 250,00, sendo o mesmo valor dado ao faturista do hospital. Contudo, o que mais desanimam eles é não poder cumprir com seus juramentos!!!

Abaixo, o relato novamente da médica:

São 12:55. Estou apreensiva. É meu primeiro plantão no Socorrão I. São só 6h, digo para mim mesma. Só 6h. É uma espécie de mantra que repito a cada instante como se isso fizesse o tempo passar mais rápido e tornar seis horas menos do que parece ser. Na entrada encontro um colega de outro hospital; ele me ensina um caminho por dentro da parte administrativa para chegar ao centro cirúrgico. Fico aliviada, não vou ter que passar pelos corredores abarrotados de gente. O que os olhos não vêem…

Subo alguns lances de escada que vão dar exatamente nos corredores que tanto quero evitar. E lá me deparo com um paciente deitado em uma maca encostada na parede onde há um papel escrito com letras maiúsculas MACA 12. Olho para o lado e existe uma fileira delas; macas que viraram leitos fixos. Mas não há gritos, nem choro, nem reclamações. Todos estão resignados com a situação. Eu não.

Enfim chego ao meu setor, o centro cirúrgico(CC). Uma amiga me recebe e me leva até o repouso médico onde, enquanto troco de roupa, ouço o relato detalhado da atual situação. Ela está lá desde as 7h. Só uma cirurgia até agora; uma neuro, grave. Todas as outras 04 salas estão ocupadas com pacientes graves que foram operados na noite anterior. Todos entubados, respirando por aparelhos, pacientes de UTI, mas não tem vaga.

Lá fora, um jovem com apendicite aguda espera para ser operado. Faz-se então uma seleção e o paciente menos grave é retirado da sala de cirurgia e levado para o que seria a sala de recuperação pós anestésica (SRPA). Hoje é um misto de SRPA e enfermaria pois, como não há leitos no hospital, os pacientes ficam por lá até receberem alta ou morrerem. E a SRPA, que segundo o regulamento da ANVISA deveria ser uma área de acesso restrito com uso de roupas próprias, gorro e máscara, é aberta ao público no horário de visitas às enfermarias.

A sala cirúrgica desocupada é rapidamente arrumada para a apendicectomia. O paciente é colocado na mesa mas ainda não será agora que vamos tratar seu problema. Na hora da anestesia uma colega entra na sala e diz: “Não faz! Tem que tirar da sala porque tá subindo uma paciente grave! Parece que tá rebaixada, vai precisar entubar!” Respiro. OK. Mas não temos como retirar o paciente da sala porque a única maca que tinha foi levada às pressas para trazer a paciente grave. E o paciente da apendicite, apesar de ter entrado andando, agora mal consegue sentar porque está sedado. É preciso reverter o efeito do sedativo e ele é levado de cadeira de rodas para um leito improvisado na SRPA/enfermaria.

A paciente chega junto com um dos cirurgiões que está fazendo massagem cardíaca porque ela está sem pulso. Ela é prontamente entubada, monitorizada e ressuscitada mas seu estado é grave. Ela foi operada há dois dias. Parece-me que tinha um ferimento por arma branca na perna. Foi encaminhada para a UTI do Hospital Universitário (Dutra) após a cirurgia mas 48h depois ainda não haviam feito sua transferência e ela estava entre a vida e a morte. Precisa de infusão contínua de drogas vasoativas para manter a pressão em níveis mínimos necessários à vida mas sou avisada de que temos bombas de infusão mas não temos equipos para as mesmas. OK. Não tem problema. Vamos colocar no soro mesmo. A paciente se mantém grave. Alguém grita: “Entrou um esfaqueado!” e outro responde:”Mas como? Não tem sala para operar!”

Corro para ver o paciente. Ele tem um curatico no peito à esquerda e aparentemente não respira. Pego no seu pescoço e punho, não tem pulso. Tiro o curativo e vejo um corte de mais ou menos 3cm bem em cima do coração. “Chama o cirurgião! Rápido! Oxigênio! Material de entubação! Monitor! Rápido!” O paciente está tamponado. A facada foi no coração e o sangue que “vazou” impede o coração de bater e o pulmão de respirar. Não tem sala. Tudo é improvisado ali mesmo. No corredor. Tudo muito rápido. Ninguém está ali para brincadeiras. Em segundos o paciente é entubado, anestesiado e seu tórax é aberto expondo o coração que tem duas lesões e já voltou a bater.

O sangue jorra do seu peito e tudo se tinge de vermelho vivo. Ele já está sendo transfundido. Me impressiona o fato de que em meio ao caos, tudo funcione perfeitamente. Muita gente está ajudando. São 5 médicos, 2 enfermeiras, várias técnicas de enfermagem, maqueiros e até o pessoal da limpeza. Tivemos que tirar o monitor de um dos pacientes operados à noite que estava na sala próxima e trocá-lo por um incompleto porque não havia mais nenhum. Não tem foco nem aspirador, mas ninguém reclama. Estão todos empenhados em fazer o possível para salvá-lo. O sangramento diminuiu consideravelmente mas seu ferimento foi gravíssimo. Ele perdeu muito sangue. Estou ventilando o paciente à mão com um ambu e um cilindro de oxigênio porque estamos no corredor e não temos respiradores disponíveis. Meu braço dói mas não posso parar, o coração está sendo suturado.

Me sinto em um filme de guerra. Na verdade, em um hospital de campanha, em plena guerra. Só que não. Não estamos em guerra. Não existe nenhuma justificativa para essa situação. A população de São Luís já chegou a 1 milhão de habitantes mas ninguém, nenhum dos nossos governantes, se importou em aumentar o número de hospitais públicos. São os mesmos hospitais de 10 anos atrás. A única coisa que aumentou em todos foi o número de macas. São dezenas delas espalhadas por todos os corredores e salas. Todas lotadas, o tempo todo.

Conseguiram um leito com respirador na SRPA e a paciente que havia parado há pouco e continuava bem ruim foi levada para lá enquanto esperava sua transferência para o Dutra. A sala é rapidamente preparada, desta vez para receber o “esfaqueado” que ainda tem o tórax aberto e o coração exposto. Na sala, enquanto o tórax é fechado ele para e é ressuscitado mais duas vezes. A cirurgia termina e seu estado é crítico. Está fazendo arritmia cardíaca. Vai ficar na sala porque não tem vaga na UTI. Mas é bem provável que ele não resista.

Um paciente é deixado na porta do centro cirúrgico. Ele está inconsciente e respirando muito mal. Ninguém sabe dizer do que se trata. NÃO TEM SALA. Não vejo nenhum ferimento aparente e ele usa fralda, o que pode significar que já está há algum tempo no hospital. Preciso de oxigênio, monitor, material de entubação, sala. Ausculto seu pulmão, está em edema agudo. Estamos no corredor. Ouço alguém falar “Por que trouxeram para cá? Não é cirúrgico! Não tem sala!”. Algumas pessoas não se importam. Já se acostumaram com isso. Eu não. É meu primeiro dia e eu me sinto na guerra. Entro na primeira sala que vejo. O paciente que está na mesa é um jovem que sofreu um acidente e fez uma neurocirurgia pela manhã. Está grave mas estável. Não tem vaga na UTI p ele que respira por aparelho e está sedado. Coloco o outro paciente no canto da sala e enquanto não arranjam um monitor, divido o do jovem acidentado com ele. Começo a tratar seu edema de pulmão na esperança de que não seja preciso entubá-lo porque ainda não temos respirador para ele. Mas ele não melhora.

A essa altura, a equipe do SAMU já chegou para transportar a paciente até a UTI do Dutra mas já não há mais esperanças. Ela não resiste e morre ali mesmo. Tinha 35 anos.

Seu leito, após ser desocupado, é preparado para receber o paciente dispnéico. Acabo de descobrir que ele tem um tumor cerebral que está causando hipertensão intracraniana. Precisa ser operado mas não tem a vávula necessária para a cirurgia. Nem sala. Ele é entubado ali mesmo, ao lado do paciente da neuro. Uma colega comenta, com um riso nervoso, que em 20 anos de medicina nunca tinha visto dois pacientes ocuparem a mesma sala de cirurgia. Eu entendo. É porque ela nunca esteve na guerra. Nem eu.

Na outra sala, o paciente da facada acaba de fazer mais uma parada cardíaca. Dessa vez, sem volta. Acho que tem 40 anos. Os outros pacientes resistem bravamente. São 4. Todos precisam de UTI. Três deles fizeram neurocirurgia, um está com tétano. Todos em respiradores, sem ter para onde ir.

Lá fora, além do “rapaz da apendicite”, um eviscerado espera uma sala para ser operado. Meu mantra virou fumaça. Em menos de 6h muita coisa aconteceu. Minha cabeça está a mil. Penso tanto que não consigo nem falar. Penso nos políticos que governam nossa cidade e uma revolta sobe das minhas entranhas e fica entalada na garganta. Eles deviam estar aqui. Eles deviam ver isso. Mas eles não se importam. Simples assim. Nunca nenhum deles se importou. Só se interessam por supostas obras e melhorias quando é para desviar o dinheiro para encher seus bolsos. Me disseram que foram comprados vários aparelhos e monitores de última geração mas que, por algum motivo burocrático, não foram entregues. Ninguém se importa. Precisamos de mais leitos(não macas!), mais UTIs, mais dignidade para a população. São Luís não tem hospitais públicos. Tem depósitos de doentes. Eles são jogados lá, feito lixo e nenhum desses bandidos de colarinho branco se importa com isso.

No meio de todo esse descaso, porém, ainda florescem espíritos nobres. Nessas 6h que ali passei, pude ver o empenho e a dedicação de profissionais que não medem esforços para ajudar o próximo. Técnicos, enfermeiras, médicos, maqueiros, funcionários. Bravos soldados no campo de batalha, lutando uma guerra que nunca tem fim.

São 18:50, está terminando meu turno. Ainda estou atordoada. Preocupo-me com o paciente do edema de pulmão. Será que vão cuidar dele? Mas ele está estável. Tento me acalmar. O colega chega às 19h para o turno da noite. Faço um resumo da situação e desejo-lhe um bom plantão. Na porta do CC algumas pessoas conversam com uma técnica de enfermagem: _A barriga dele tá aberta! Ele não vai aguentar! Vai morrer! Tem que operar!

_ Estamos arrumando sala para ele, senhora.

Acho que estão falando do eviscerado. Meu coração se aperta. Peço para agilizarem e vejo o maqueiro sair com uma maca. Na antessala do CC vejo um paciente sentado em cadeira com um curativo no abdômen que ele segura com as duas mãos enquanto geme baixinho. Será que é ele?, penso. Mas está sentado! Nesse estado! Não pode ser… Não tem maca, lembrei. Faço uma oração silenciosa para que tudo fique bem com ele.

Vou para casa com meu tênis sujo de sangue e meus ombros caídos com o peso da luta. Não sou a mesma que entrou seis horas antes. Ninguém é, depois de voltar de uma guerra.

Dilma indica Rodrigo Janot para novo procurador-geral da República

Postado por Caio Hostilio em 18/ago/2013 - Sem Comentários

Agência Brasil

A presidenta Dilma Rousseff indicou hoje (17) RodrigoJanot_ArquivoPessoal para ser o novo procurador-geral da República, e suceder Roberto Gurgel, que deixou o cargo nesta semana após quatro anos de mandato.

Janot liderava a lista tríplice encaminhada pela Associação Nacional dos Procuradores à presidenta. De acordo com nota divulgada pela Presidência da República, Dilma Rousseff “considera que Janot reúne todos os requisitos para chefiar o Ministério Público com independência, transparência e apego à Constituição”.

Janot é subprocurador-geral desde 2003. Procurador da República desde 1984, é mestre em direito pela Universidade Federal de Minas Gerais, com especialização em direito do consumidor e meio ambiente pela Escola Superior de Estudos Universitários de S. Anna, na Itália. Foi presidente da associação dos procuradores entre 1995 e 1997 e integrou a lista tríplice de 2011.

Sete em cada dez brasileiros querem mais regras para a mídia

Postado por Caio Hostilio em 17/ago/2013 - Sem Comentários

Luis Nassif

Levantamento da Fundação Perseu Abramo mostra que, para 35% dos entrevistados, os meios de comunicação defendem os interesses de seus donos; e apenas 8% acham que estão a serviço da populaçãopor Tadeu Breda, da RBA

Sete em cada dez brasileiros querem mais regras para o conteúdo da programação veiculada na tevê, revela uma pesquisa divulgada hoje (16) em São Paulo pela Fundação Perseu Abramo (FPA), entidade ligada ao Partido dos Trabalhadores. E 46% da população é favorável a que essa regulamentação seja definida e fiscalizada através do chamado “controle social”, por um “órgão ou conselho que represente a sociedade”.

O estudo entrevistou 2.400 pessoas em 120 municípios do país, entre abril e maio, para mapear a percepção dos brasileiros sobre os meios de comunicação, além de formular perguntas relativas ao grau de concentração das emissoras, regime de concessões, penetração da internet, neutralidade da cobertura da imprensa e representação dos setores da sociedade na mídia. A margem de erro oscila entre 2 e 5 pontos percentuais.

A FPA detectou que a televisão continua sendo uma preferência nacional: 94% dos brasileiros cultivam o hábito de assistir tevê e 82% recorre à telinha diariamente. Mais que isso: quase 90% das pessoas usam a tevê para se informar sobre o que acontece no mundo. O rádio aparece em segundo lugar no gosto popular, atingindo 79% da população. A internet surge na terceira colocação, ao lado dos jornais impressos: 43% afirmam ter acesso à rede. Dessa parcela, 38% usam o Facebook e 25% o Google.

Quanto aos jornais, a maioria das pessoas que afirma lê-los (46%) recorre a títulos locais ou regionais. Depois deles, o periódico mais lido no país é o Extra, seguido pelo Super e pelo Diário Gaúcho. Entre as revistas, a Veja se mantém na primeira colocação, à frente de IstoÉÉpoca eCaras.

“Apesar de todo o crescimento da internet, a radiodifusão ainda tem um poder de influência estrondoso”, observa Pedro Ekman, membro do Coletivo Intervozes, durante o lançamento da pesquisa.

Empresas

“Esse país só será democrático quando nos intervalos da programação for informado que as emissoras são concessões públicas, e que as concessões públicas têm começo e fim”, ressalta Laurindo Leal Filho, professor da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP), comentando outro dado da pesquisa: cerca de 70% dos brasileiros não sabem que os canais de tevê aberta pertencem ao Estado e 60% acreditam que as emissoras são empresas privadas como “qualquer outro negócio”.

A população tampouco sabe que os meios de comunicação estão concentrados nas mãos de alguns poucos grupos familiares.

“Mais da metade acredita que o número de grupos privados que controla as emissoras é  grande”, diz o estudo, “para 25% é médio e apenas 12% avaliam que é pequeno.” Porém, quando informados de que “a maior parte da mídia no Brasil é controlada por cerca de dez famílias”, 40% dos entrevistados avaliaram que isso é “ruim para o país”. Para 23%, é bom.

“Mesmo que as pessoas não saibam que os canais de tevê são concessões públicas, elas acham que as comunicações precisam de mais regras”, continua Ekman, cujas apreciações encontram eco nas opiniões do presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, Altamiro Borges.

“Temos que fazer com que as emissoras informem os espectadores que operam concessões públicas. Deveria ser obrigatório”, argumenta. “O governo também deveria dar publicidade à existência da concentração midiática. As pessoas avaliam que as afiliadas da Globo espalhadas pelo país, por exemplo, são empresas à parte. Mas elas retransmitem conteúdo.”

Desafios

Para Altamiro Borges, o nível de desconhecimento sobre concentração midiática e concessões públicas “deixa os filhos do Marinho dormirem sossegados” e apresentam dificuldades para as organizações que lutam pela aprovação de uma lei para democratizar as comunicações do país.

“Mas outros dados podem provocar um baita pesadelo para eles: a população está descontente com a programação. E as pessoas sabem que a mídia defende o interesse dos donos das emissoras e das elites do país, e que os jornalistas não têm autonomia para trabalhar.”

A FPA detectou que 35% dos brasileiros entendem que os meios de comunicação defendem os interesses de seus proprietários; 32%, os interesses dos que têm mais dinheiro; e 21%, dos políticos. Apenas 8% acha que a mídia está a serviço da população.

Quanto à programação, 43% afirmam não se reconhecerem na telinha e 23% sentem que são retratados com negatividade. Mais da metade avalia que a tevê costuma tratar mulheres, negros e nordestinos com desrespeito. E 61% acredita que os empresários têm mais espaço do que os trabalhadores.

Laurindo Leal Filho afirma que a pesquisa será um divisor de águas na discussão política e acadêmica sobre a democratização da comunicação.

“Teremos um antes e um depois desse estudo”, decreta o professor da ECA-USP. “Agora temos dados concretos.”

Altamiro Borges avalia que cabe agora aos movimentos sociais encontrar a melhor maneira de se apropriar dessas informações para trabalhar em prol da democratização. “Estamos saindo do achismo.”

Pedro Ekman, do Coletivo Intervozes, complementa: “Essa pesquisa é um instrumento muito importante. Agora a gente começa a ter bases mais sólidas para o debate público.”

Seduc intensifica ações para garantir educação inclusiva na rede estadual

Postado por Caio Hostilio em 17/ago/2013 - Sem Comentários

20130817-160210.jpgTrabalhar com o foco direcionado para a inclusão escolar dos alunos que integram o público alvo da educação especial, garantindo o assessoramento técnico-pedagógico às secretarias municipais de educação e o acesso aos novos equipamentos tecnológicos, tem sido a meta da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), por meio da supervisão de Educação Especial. A explicação é da supervisora Maria do Perpetuo Socorro Castelo Branco, ao fazer um balanço das ações realizadas nos últimos meses.

Segundo ela, por meio da Secretaria-Adjunta de Projetos Especiais, da Superintendência de Modalidades e Diversidades Educacionais e da Supervisão de Educação Especial, com estas ações, a Seduc cumpre estritamente os dispositivos legais constantes na convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (ONU 2006), ratificada no Brasil.

A supervisora de educação especial também ressalta que o Governo do Maranhão cumpre a política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva e os marcos legais, políticos e pedagógicos da educação inclusiva, desenvolvendo ações que asseguram o direito de todos à educação e garante o controle social das políticas públicas voltadas à inclusão escolar das pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação.

Ao fazer um balanço das ações realizadas pela Supervisão de Educação Especial, Socorro Castelo Branco destaca a formação continuada para gestores, diretores e técnicos das Unidades Regionais de Educação (UREs) sobre a política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva, programa sala de recursos multifuncionais, programa escola acessível e programa livro acessível.

Ela cita, ainda, a proposta de transferência do Centro de Ensino de Apoio Pedagógico Ana Maria Patello Saldanha (CAP/MA) e do Núcleo de Atividades para Alunos com Altas Habilidades/Superdotação para um único prédio para a efetivação de suas funções de referência na formação de professores, produção de materiais didáticos e apoio aos sistemas de ensino.

A proposição inovadora vai permitir que os alunos com altas habilidades/superdotação compartilhem os equipamentos e programas tecnológicos criados para possibilitar a autonomia das pessoas com deficiência visual e dessa forma serem futuros pesquisadores e criadores de tecnologia assistiva.

Socorro Castelo Branco destacou, também, a reunião técnica com os gestores do Centro de Ensino de Educação Especial Helena Antipoff e Centro de Ensino de Educação Especial João Mohana para composição de grupos de trabalho, objetivando a atualização da legislação estadual ao conjunto de documentos que auxiliam na efetivação dos compromissos estabelecidos na convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e a posterior transformação dos centros em unidades de atendimento educacional especializado.

Escola acessível

A Seduc vem realizado reuniões técnicas com gestores das escolas da URE São Luís contempladas com os programas sala de recursos multifuncionais e escola acessível. Além disso, tem apoiado as semanas pedagógicas de escolas que solicitaram formação sobre a política nacional de educação especial, com palestras sobre a sala de recursos multifuncionais para técnicos de núcleo de tecnologias educacionais e a formação para profissionais itinerantes de escolas, que não têm salas de recursos multifuncionais.

Este ano, também foram entregues livros didáticos acessíveis em formato MecDayse (Programa Nacional de Livro Didático) para alunos com deficiência visual matriculados nos 4º e 5º anos do ensino fundamental e ensino médio; curso de formação continuada em deficiência auditiva e tecnologia assistiva para professores de sala de recursos multifuncionais e cursos de formação em Libras, Braille e Soroban, para professores da rede estadual de ensino e a comunidade.

Para Maria do Socorro Castelo Branco, o desenvolvimento dessas ações e o planejamento de outras são determinantes para a transformação dos sistemas educacionais em sistemas educacionais inclusivos e na efetivação dos princípios norteadores da inclusão. “O acesso, a permanência e a qualidade, culminará com o direito de ser, o direito de estar e o direito de participar dos alunos”, finalizou.

Notícias

Postado por Caio Hostilio em 16/ago/2013 - Sem Comentários

VII Parada do Orgulho LGBT acontece neste domingo em Ribamar

LGBT 1Com o tema “Construindo Políticas Públicas para as Populações LGBT”, será realizada neste domingo (18) a VII Parada do Orgulho LGBT do município de São José de Ribamar, evento organizado pelo Grupo Solidário Lilás e que conta com o apoio da Prefeitura ribamarense. A previsão, de acordo com os organizadores, é de que mais de 50 mil pessoas participem da festa da diversidade. A concentração acontece a partir das 14h na Praça Ana Carolina, localizada na orla marítima da Sede do município (em frente ao cais). A partir das 16h, minitrios irão desfilar pela Avenida Beira-Mar, onde serão promovidos shows de bandas locais em um palco instalado nas proximidades da unidade do Corpo de Bombeiros. A exemplo do que aconteceu nas outras edições da Parada, no sábado (17) será promovido o seminário que abordará o mesmo tema do evento. Ele acontece das 8h às 16h nas dependências do Curso Pré-Vestibular Municipal, situado na Avenida Gonçalves Dias, Sede da cidade. De acordo com a presidente do Grupo Solidário Lilás, Babalu Rosa, o seminário funcionará como um fórum para discussões sobre as políticas públicas que irão compor o Plano Municipal LGBT de São José de Ribamar, iniciativa que será apresentada aos Poderes constituídos como projeto de lei de iniciativa popular.

Seduc amplia parceria com Instituto Ayrton Senna

seducContemplar até o fim do ano 1.233 escolas da rede estadual de ensino, localizadas em 213 municípios, com ações dos programas Gestão Nota 10 (GN10) e Correção de Fluxo (Se Liga e Acelera Brasil) é a meta da parceria entre o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), e o Instituto Ayrton Senna (IAS). A ampliação da parceria foi acordada entre o secretário Pedro Fernandes e a gerente de Projetos do IAS, Rita de Cássia Paulon, durante reunião, na quinta-feira (15), na Seduc. O secretário Pedro Fernandes destacou a renovação da parceria de assessoramento com o Instituto Ayrton Senna para que o Maranhão possa avançar na qualidade do ensino ofertada na rede pública e na melhoria dos indicadores educacionais, bem como no processo de ensino e aprendizagem. Ao socializar as ações desenvolvidas pelo instituto com a administração central e representantes de todos os setores da Seduc, a gerente de Projetos do IAS, Rita Paulon, lembrou que a parceria com a Seduc teve início em 2009 com o GN10 e vem sendo renovada por ser um compromisso que o instituto assumiu com a sociedade brasileira e uma vontade expressa do falecido campeão de Fórmula-1 e ídolo brasileiro, Ayrton Senna. Ela disse que o Brasil enfrenta o enorme desafio de ser a sétima economia global, mas ocupa paradoxalmente a 73ª posição no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) entre todos os países do mundo. “Só poderemos avançar nestes índices com educação de qualidade”, ressaltou.

Reino Infantil é campeão no basquete infantil masculino dos JEMs

joaquimCom quatro vitórias em sua campanha, sempre com diferenças acima de 30 pontos, o Reino Infantil chegou à decisão do basquete infantil masculino dos Jogos Escolares Maranhenses (JEMs), competição promovida pela Secretaria de Estado do Esporte e Lazer (Sedel), como grande favorito ao título. Com tanta expectativa, a escola não decepcionou e tratou de confirmar, nesta sexta-feira (16), a sua conquista de forma invicta, após vencer o Literato por 52 a 40. A partida foi disputada no ginásio do Ipem, no bairro do Calhau. Logo nos primeiros oito minutos de partida, o Reino começou com tudo: com ataques precisos e defesa sufocante, a escola abriu uma boa vantagem no fim do primeiro quarto: 17 a 8. No período seguinte, o Literato equilibrou as ações, mas não conseguiu diminuir o prejuízo, indo para o intervalo com dez pontos de desvantagem. Depois da pausa, o Reino Infantil seguiu superior no confronto e fez seu melhor período: com treze pontos marcados e apenas nove sofridos, a equipe azul abriu a diferença de catorze pontos e se aproximou ainda mais da medalha de ouro. No período final, o Literato se lançou mais ao ataque na expectativa de cortar a vantagem e seguir com chances na decisão. O Reino, entretanto, se segurou e apenas administrou a vantagem para faturar o título. A conquista garantiu o Reino Infantil nos Jogos Escolares da Juventude no mês de setembro. A competição nacional ocorrerá na cidade de Natal (RN).

Utilidade pública: Ajude essa pessoa a encontrar o “Sergio”!!!

Após ver esse pedido no Facebook fiquei muito sensibilizado e resolvi entrar na campanha que possa trazer o Sergio de volta…

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Isso é trabalhar pelo desenvolvimento do Maranhão!!! Homologação da pista facilitará acesso a Lençóis Maranhenses

Postado por Caio Hostilio em 16/ago/2013 - 4 Comentários

Barreirinhas 2O Ministro Gastão Vieira Dias está articulando com a Secretaria de Aviação Civil (SAC) a homologação da pista do aeroporto de Barreirinhas (MA), que facilitará o acesso aos Lençóis Maranhenses. A pista já está pronta e agora o MTur está investindo cerca de R$ 3,9 milhões na construção do terminal e do pátio do aeroporto. No próximo dia 9 de setembro, técnicos da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) farão uma inspeção na pista.

Barreirinhas 1Hoje a viagem de 252 km, entre São Luiz e Barreirinhas, leva em torno de 4 horas. Com a homologação do aeroporto o turista poderá viajar diretamente a Barreirinhas e de lá seguir para os Lençóis Maranhenses, uma das mais belas regiões do país. “Espero em breve dar essa notícia que vai triplicar o número de turistas na região. A ideia é que pequenos e grandes aviões pousem diariamente no local”, explicou o ministro do Turismo, Gastão Vieira Dias.

O Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, situado no litoral oriental do Maranhão, envolve os municípios de Humberto de Campos, Primeira Cruz, Santo Amaro e Barreirinhas, portão de entrada.  O parque fica às margens do Rio das Preguiças,  são 155 mil hectares de paisagem de dunas com até 40 metros de altura e lagoas de água doce nas tonalidades verde e azul.

Com o aeroporto de Barreirinhas, o turista também poderá optar pela Rota das Emoções. O roteiro que começa em Barreirinhas segue pelos Lençóis Maranhenses, Delta do Parnaíba (PI), Jericoacoara (CE) e Fortaleza (CE). O trajeto é feito de 4×4 e dura cerca de sete dias.

Sou contra censurar o que é de interesse da coletividade, pois vai de encontro aos princípios democráticos!!!

Postado por Caio Hostilio em 16/ago/2013 - 2 Comentários

ramalhoO direito da livre expressão é ao repugnante, principalmente quando se trata de interesse da coletividade.

Sou contra todo tipo de ataques a vida pessoal de quem quer que seja, pois esse é o tipo do assunto que não é de interesse público, mas de uma minoria que vive de fofocas.

Contudo, a vida pública de quem quer que seja é passiva do questionamento crítico, logo o atingido tem por direito responder com argumentos plausíveis as críticas feitas.

Todos os processos que abrir contra aqueles que atingiram a minha honra pessoal, dei por encerrado na audiência inicial, mesmo que muitos não cumprissem a determinação judicial.

Por outro lado, eu sou a maior vítima de processos contra os questionamentos críticos voltados as práticas públicas irregulares, coisa que os poderosos não aceitam.

Com isso, não poderia de me solidarizar com o jornalista Marco D’Eça em sua matéria: “Advogado Gilson Ramalho censura blog para esconder que é acusado de desviar dinheiro de homem que o contratou…

Procurador da Prefeitura de Imperatriz responde ao processo nº 7633/2011, movido por Antonio Aridevaldo Cardoso Carneiro, mas usa a Justiça para esconder esta situação. É a segunda vez que ele obtém Liminar para censurar matérias do blog. O blog cumpre a decisão judicial, embora a considere arbitrária. E faz questão de lembrar os motivos da censura toda vez que Gilson Ramalho conseguir benefícios judiciais em Imperatriz – onde, provavelmente conseguirá também ação contra esta matéria. Mas o blog faz questão de lembrar por que ele censura as matérias: para esconder que é acusado de ter ficado com dinheiro ganho em ação de um trabalhador que o contratou.

Inquérito sobre irregularidades da Unimed e ANS é remetido ao MPF

Postado por Caio Hostilio em 16/ago/2013 - Sem Comentários

mpmaO Ministério Público Estadual remeteu, nesta sexta-feira, 16, o Inquérito Civil nº 2/2013 da Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor, que apura irregularidades no plano de saúde Unimed São Luís, ao Ministério Público Federal (MPF). A decisão foi motivada pela participação  da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) nas práticas que lesaram os consumidores, cabendo o julgamento à Justiça Federal.

A ANS instaurou regime especial de Direção Fiscal na Unimed São Luís, em março de 2010, ao constatar que a operadora não enviava à agência o Documento de Informações Periódicas das Operadoras de Planos de Assistência à Saúde (Diops) com as informações cadastrais e financeiras. Assim, a fiscalização e o acompanhamento da situação econômico-financeira e a manutenção dos dados cadastrais foi prejudicada.

Além disso, a agência descobriu que em 2007 havia um déficit financeiro de R$ 3,3 milhões e dívidas de R$ 2,6 milhões. Os indicadores de liquidez e endividamento demonstravam o comprometimento no capital da cooperativa em R$ 12,9 milhões. Mesmo assim, nenhuma medida foi adotada pela operadora de saúde para tentar sanear as dívidas.

A promotora de justiça Lítia Cavalcanti explica que, diante de tantas irregularidades comprovadas, a Diretoria Colegiada da ANS instaurou novo Regime Especial de Direção Fiscal em 2011. “O mais estarrecedor é o fato de a Agência Nacional de Saúde divulgar, em seu site, uma avaliação dos planos e afirmar que a Unimed São Luís recuperou sua situação assistencial e garantiu a melhora no atendimento”. A informação foi divulgada sob o título “Avaliação das operadoras no primeiro período de 2013”.

A titular da 2ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor questiona a divulgação da ANS, afirmando ao consumidor que a cooperativa está em recuperação, quando efetivamente, a mesma está em situação precária. “Com esta contradição dita por escrito e divulgada por meio oficial, a ANS se coloca em total descrédito perante os usuários de planos de saúde”.

Ela afirma, ainda, que apesar de a  Unimed  encontrar-se sob Regime Especial de Direção Fiscal nos anos de 2010, 2011 e 2012, a ANS não adotou nenhuma providência diante das ilegalidades. No período, a UPC, Hospital Português, Hospital São Domingos e Centro Médico suspenderam o atendimento ao usuários do plano.

Segundo as planilhas apresentadas pelo Hospital São Domingos ao Ministério Público, a dívida contraída pela Unimed São Luís é de R$ 10.418 milhões. Somados os valores declarados como débitos da operadora, em 2012, chega-se a um valor de RS 23 milhões, sem incluir os débitos com os demais hospitais que também se descredenciaram por falta de pagamento. Também há laboratórios, clínicas e médicos que não receberam os valores.

“O cenário de hoje era perfeitamente previsível, como consequência da situação extremamente difícil da cooperativa. No entanto, poderia ter sido evitado caso a ANS tivesse tomado as providências que lhe são conferidas por lei. Ao se omitir, a agência reguladora gerou o quadro de desespero e pânico instalado em São Luís”, afirma Lítia Cavalcanti.

Cavalcanti contesta a ausência de sanções e o fato de a Unimed estar livre para firmar novos contratos. “Além de tudo, a operadora mantém publicidade agressiva nos meios de comunicação, induzindo o consumidor a erro, pois tem pleno conhecimento de sua incapacidade de receber novas adesões e manter a prestação dos serviços dos usuários já contratados”.

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