HOSPITAL TOMAZ MARTINS NA UTI É GRANDE O ÍNDICE DE MORTALIDADE, DENUNCIAM
O caso da Saúde Pública em Santa Inês é deplorável e assustador
Não há um só dia em que a Redação do AGORA não receba a denúncia de um descaso acontecido em um dos hospitais públicos do município de Santa Inês, o HTM – Hospital Tomaz Martins e o SPA – Serviço de Pronto Atendimento. Infelizmente não podemos fazer nada, a não ser, publicar algumas dessas denúncias e clamar por uma fiscalização maior por parte dos quem de direito. A Câmara Municipal, através de sua Comissão de Saúde já denunciou as mazelas que acontecem ali. Entretanto, se uma coisa está ruim na saúde em Santa Inês, isso pode piorar bem mais. Até os servidores dos hospitais, se sentem mal diante de certas situações, muito embora prefiram se calar para não perderem o emprego: “eles nos ameaçam se a gente falar qualquer coisa com a imprensa”, diz um deles que prefere ficar no anonimato.
Aí na página ao lado, o relato de um fato registrado no meio da semana no HTM, que envolveu um vereador da cidade, cuja mulher e filhas, trabalham ou trabalhariam na Secretaria de Saúde do município, mas quem denunciou para a imprensa o que de fato aconteceu, foram os irmãos do vereador. O caso ganhou notoriedade e o Jornal AGORA Santa Inês que não tem a menor culpa do que acontece no HTM, foi xingado juntamente com seu dono, por quem se acha intocável. Não passamos recibo quanto a isso. A credibilidade dos veículos AGORA, os mantém distante de qualquer polêmica desnecessária, pois o nosso compromisso é com a população de Santa Inês e da região.
Mas jamais jogaremos para debaixo do tapete, fatos que vitimizem seres humanos. Caso resolvêssemos relatar aqui nas páginas do AGORA o que vem acontecendo no HTM nesses últimos 17 meses, seria necessário páginas e mais páginas para tanto. São casos de Polícia, de Justiça e de desumanidade registrados ali. Pessoas que choram seus mortos e alegam que os mesmo foram vítimas da falta de médicos, de remédios, de equipamentos, de cuidados médicos de especialistas em determinadas áreas de saúde, profissionais que, mesmo com toda boa vontade, são obrigados a atuar em especialidades que não conhecem, o que pode acarretar um agravamento maior do estado de saúde do paciente. Exemplos? Existem aos montes.
O que piora tudo na Saúde Pública, é a falta de pagamento dos profissionais que atuam nela. Médicos mal remunerados, servidores em geral, desestimulados, falta comando, foco para o bem comum. Falta o pagamento do aluguel do hospital que, salvo engano, obrigou seus proprietários a entrar na Justiça no fim do ano passado, depois que não viam a cor do dinheiro por mais de 10 meses. O episódio das ambulâncias relatados nesta página, dá bem uma dimensão da forma como tratam a Saúde Pública em Santa Inês. E não adianta discursos, propaganda em blogs da capital ou qualquer outro artifício para mascarar o que está acontecendo. A verdade, verdadeira é de cortar coração! É, como diria um âncora de um grande programa jornalístico de uma TV:
“ISSO É UMA VERGONHA!”.
Prefeitura não paga e empresa prestadora de serviços retém três ambulâncias do município de Santa Inês
Três ambulâncias pertencentes ao município de Santa Inês estão paradas em uma oficina da cidade. O motivo é a falta de pagamento, por parte da prefeitura, de mais de R$ 280 mil em serviços à Retífica Padrão, empresa licitada a prestar serviços de manutenção em geral nos veículos do município.
Segundo o proprietário, por mais de um ano a empresa prestou serviços à prefeitura municipal, sem que a mesma realizasse o pagamento. Há cerca de 60 dias, os veículos, duas vans e uma caminhonete, foram encaminhadas para manutenção, mas no dia 26 de maio o contrato da prefeitura com a empresa venceu, sem que ela realizasse o pagamento, ou renovasse o contrato. A liberação dos veículos foi então impedida pelos donos do empreendimento, que afirmam não haver alternativa para o caso.
Os proprietários da Retífica Padrão afirmam que só deixarão que os veículos sejam devolvidos à prefeitura, mediante o pagamento do valor dos serviços já realizados ao município, ou com mandado de busca e apreensão emitido pela Justiça.
Com a retenção dos veículos, apenas uma ambulância está circulando em toda a cidade, prestando socorro e fazendo transporte de pacientes, deixando ainda mais fragilizada a tão deficiente Saúde do município de Santa Inês.
RELEMBRE UM DOS CASOS MAIS EMBLEMÁTICOS REGISTRADOS NO HTM EM MAIO PASSADO
Mulher teria tido filho “arrancado do útero” por enfermeiras durante parto mal feito: A CRIANÇA FOI RETIRADA MORTA
Uma mulher de 28 anos procurou a delegacia de polícia para prestar queixa de homicídio. Segundo Luziene Santos da Silva, ela deu entrada no Hospital Thomaz Martins no dia 23 de maio em trabalho de parto. Ela alega que não recebeu o atendimento correto, o que causou a morte do seu bebê.
A vítima compareceu na Delegacia Regional no dia 28 para registrar um Boletim de Ocorrência – B.O.
De acordo com o boletim, Luziene estava grávida de 9 meses e sentiu as dores do parto por volta das 23h do dia 23, e dirigiu-se ao Hospital Thomaz Martins. Chegando lá foi atendida por uma enfermeira que não sabe o nome, que a levou para a sala de parto onde foi feito o exame de toque. Segundo a vítima, ela estava com 4cm de dilatação, logo em seguida, lhe foi aplicada uma injeção para facilitar o parto, como ela estava grávida do segundo filho, Luziene disse que tal injeção não surtiu o efeito desejado, pois apesar de sentir aumento das dores, a mesma não apresentava dilatação suficiente para que o bebê nascesse, já que a dilatação necessária para um parto normal é de 10cm, assim, apareceram mais duas enfermeiras e a partir daí ela teria vivido os piores momentos de sua vida, fato que culminou com a morte da criança.
Segundo ela, as duas enfermeiras empurravam sua barriga, forçando a todo custo, a criança sair; “uma empurrava minha barriga de um lado e outra do outro lado forçando meu bebê para baixo, a terceira abria minha vagina de forma brutal”, disse Luziene.
Diante de várias tentativas de forçar um parto natural, a criança foi puxada e logo após se verificou que as enfermeiras bateram bastante na criança para que a mesma chorasse e esta não chorou. Luziene conta que as enfermeiras nada disseram para ela, mas ela já havia percebido que seu filho estava morto. Logo depois do parto, a enfermeira foi fazer a limpeza do útero, mas estava com as unhas grandes, fato que contribuiu para machucar muito seu útero e vagina, afirma ela.
Durante esse processo, familiares da vítima buscavam informações e reclamavam sobre o atendimento, as enfermeiras os expulsaram da sala de parto e ainda ameaçaram sua irmã de agressão física. Bastante indignada, Luziene afirma ainda que o hospital se recusa a entregar a declaração de óbito do bebê e outros documentos como ultrassom que ela vinha fazendo durante a gestação. Familiares da vítima tiraram fotos do bebê com marcas em seu rosto e segundo eles, a morte teria sido causada pela retirada do mesmo a força das entranhas da mãe por parte das enfermeiras.
Após prestar o B.O. Luziene compareceu no Ministério Público onde também foi ouvida. No dia 30 de maio, ela realizou em São Luis, o exame de corpo delito e se apresentou novamente na manhã de ontem, terça-feira (03) na Delegacia Regional.
Segundo o delegado Campos, todo procedimento será feito assim que o resultado do exame chegar. Luziene se encontra assustada, pois havia recebido ameaças caso procurasse ajuda nos órgãos públicos.
O povo de Santa Inês e Região esperam:
Publicado em: Governo