Não existe democracia se não houver descentralização de poder!!! Mas é importante lembrar que para haver descentralização de poder é preciso que todos os cidadãos tenham consciência de suas participações cívicas e saibam das responsabilidades dos seus representantes.
Caso contrário nós veremos uma democracia capenga e cheia de falhas existenciais por todos os ângulos, seja da forma mais esdrúxula de abuso de autoridade, mesmo sabendo que exerce uma função paga pelo contribuinte para trabalhar em detrimento do povo, assim como o povo achar que não passa de um mero objeto de manipulação nas mãos daqueles que chegaram ao poder pelas mãos de mesmo povo.
É certo afirmar que na década de 80 ocorreram reformas de tipo descentralizador em um número expressivo nos países desenvolvidos, principalmente os Europeus, que passaram a subdividir ainda mais suas cidades para melhorar suas administrações.
Esse movimento pendeu para os países em desenvolvimento, gerando, com isso, uma significativa convergência de opiniões, levando grupos políticos a debaterem uma melhor reforma de Estado, porém sem verificar as condições sociais e econômicas, assim como as potencialidades no campo da democratização das relações políticas de campo da eficiência e eficácia da gestão pública a ser criada.
Apenas se basearam no modelo político norte-americano e nos tradicionais princípios do liberalismo político, a descentralização seria um instrumento de fortalecimento da vida cívica, portanto, da sociedade civil-, sufocada por um Estado excessivamente centralizador e invasivo, mas esqueceram a formação do povo para dá seguimento a essa inovação.
O que era para ser uma proximidade maior entre aqueles que prestariam serviços com a comunidade e dela a viabilidade mais intensa entre os governos e os cidadãos se transformou num antro de clientelismo, desvio do dinheiro público e a falta de perspectiva de crescimento.
O povo continua sem saber dos seus direitos democráticos!!!
Para dá fluidez a toda essa descentralização arranjada nada republicana, observa-se que a proteção social indica que seu formato institucional está fortemente associado aos anseios burocráticos e, principalmente, as formulas criadas para dificultar a visibilidade do povo.
O que fazer agora? Se contentar com os furos do “Cadê o dinheiro que estava aqui?”
Publicado em: Governo