Leiam essa opinião abaixo e façam suas analogias conforme suas imaginações…
De amigo, se transforma em sombra das desgraças de seus amigos
Jornal do Brasil
Cesar Maia poderia ser o grande contador dessa história, mas ela é tão clara que, por si só, ela se conta.
Reconstruído pelo seu reconstrutor, no passado recente, em plena campanha política, qualificava seu grande adversário nas eleições com conhecido artigo do Código do Processo Penal.
Derrotado, esqueceu o que disse. Se transformou em homem de confiança daquele que atacava e conseguiu de graça ser prefeito.
Hoje, desgarrado do seu reconstrutor, que enfrenta problemas graves desde a rejeição até ao possível envolvimento na Operação Lava Jato, ele se afasta, fingindo que nem o conhece. Se houver um levantamento dos encontros depois do afastamento de seu reconstrutor, não deve ter havido nenhum, com medo de ser visto ou falado.
Uma passagem diz bem quem ele é: na missa de sua Santidade, o Papa Francisco, que ia se realizar em Copacabana, a população católica estava para rezar, e não para vaiar. Mas a frase do reconstruído a quem o reconstruiu – ao apontar local onde autoridades passavam sendo vistas pelo povo – foi a seguinte: “Não vamos passar por ali porque podemos ser vaiados.”
Hoje, constrói um secretariado com só um pensamento: “Mesmo ficando fora do cargo dois anos antes da eleição para governador, preciso montar uma base política para que esses que hoje estão destruídos pela opinião publica, sem chances de se apresentarem ao pleito de governador, se obriguem a depender de mim e a me apoiar como única alternativa de ganhar a eleição no Rio de Janeiro.” Pobre cidade, pobre estado.
Por isso, até a própria mídia que o apoia se espanta como os 64 cargos criados por ele, aumentando a despesa, sacrificando os professores, sacrificando todos os funcionários públicos, sem dar a eles o salário digno que merecem. Ele está certo de que seus companheiros de empreitada não serão atingidos pela Operação Lava Jato. Só pode ser ironia, pois estes que estão nas suas empreitadas são os mesmos que estão na empreitada da Petrobras. Por isso, esse possível sucesso da Olimpíada que ele almeja e sonha pode se transformar em pesadelo. Mas mesmo assim, ele acha que é a única alternativa para candidato a governador, já que Pezão, tendo ocupado o cargo de governador e se reelegido, não poderá concorrer.
Pezão já tem uma sombra. Que faça um governo que não mereça o descrédito nem o abandono de quem o elegeu, o povo. Pois se acontecer, esse que ainda é sombra se tornará seu grande Brutus.
Publicado em: Governo