“Infelizmente o governador Flávio Dino, e seu secretário de saúde, não conhecem o sistema único de saúde”. A citação é do deputado Hildo Rocha, em pronunciamento na tribuna da Câmara Federal que teve como tema principal o fraco desempenho do governo Flávio Dino no setor da saúde pública.
Rocha destacou afirmações do secretário de saúde, publicadas recentemente, em um jornal de circulação diária de São Luís. “O Secretário diz que o Maranhão tem um vazio na assistência de saúde na regional de Balsas. É claro que existe. Mas existe por culpa do governador Flavio Dino e do próprio secretário de saúde que não tem competência para botar um hospital novo para funcionar. Cheguei à conclusão que o secretário de saúde nunca foi à cidade de Balsas. Quando Roseana saiu, em 2014, ela deixou um hospital de 50 leitos com 98% feito. Com dinheiro em caixa para pagar toda a obra e a compra dos equipamentos”, destacou Rocha.
Governo desarticulado
O deputado disse que a forma como o governador pretende conseguir mais recursos não funciona. Segundo o parlamentar, a viagem de uma comitiva do governo Dino e deputados estaduais a Brasília, para pedir mais recursos para a saúde, serviu apenas para exibição midiática. “Publicaram fotos e mentiras nos blogs e jornais. Disseram que o governo federal não repassa recursos para a saúde. É uma grande mentira. Se o SUS (Sistema único de Saúde) paga pelo que se produz e o hospital está fechado como é que eles querem mais dinheiro? Bota os hospitais para funcionar que tem mais dinheiro”, declarou Rocha.
O parlamentar enfatizou que para conseguir aumento de repasses é indispensável que haja articulação com os deputados federais e senadores. Rocha lembrou que a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) está pautada para entrar em votação nos próximos dias. “O que é que tem feito a equipe do governo em busca dos deputados e senadores para acrescentar recursos para o Maranhão na LDO?”, indagou.
Ação produtiva
Hildo Rocha destacou ainda que, por meio de uma articulação parlamentar realizada por ele foi possível aumentar em mais R$ 80 milhões o teto financeiro da MAC (Média e Alta Complexidade) da rede de saúde pública do Maranhão. “Eu fiz uma emenda de plenário, com assinaturas de deputados maranhenses e de outros Estados. Com o apoio do Senador Flexa Ribeiro, do Pará, conseguimos as nove assinaturas de senadores necessárias para a aprovação da proposta”, destacou.
Hospitais macrorregionais
O deputado afirmou que duas unidades macrorregionais de saúde do Estado estão sendo custeadas com parte desses recursos que ele conseguiu implantar na LOA 2016. “São 52 milhões do governo federal que o governador está pegando para custear os hospitais macrorregionais de Caxias e Pinheiro, graças ao trabalho que nós fizemos no orçamento. O estado consegue receber esses recursos porque aquelas unidades de saúde já estão realizando procedimentos hospitalares”, declarou Rocha.
Imperatriz
O deputado lembrou que além dos hospitais macrorregionais de Caxias e Pinheiro, que estavam quase prontos, no final do governo de Roseana Sarney, a unidade de Imperatriz também foi deixada com 90% da obra concluída. “A governadora deixou dinheiro em caixa para a conclusão do prédio e compra dos equipamentos”, destacou.
Hildo Rocha enfatizou que a região Tocantina precisa de um hospital geral. O ex-secretário de saúde do Estado, Ricardo Murad, idealizou uma rede de atenção à saúde completa, incluindo todos os municípios, independente do seu tamanho. Dentro desse planejamento foram criados os hospitais macrorregionais, dentre eles o de Imperatriz, mas Dino agora quer transformá-lo em hospital de oncologia. “Está errado. O planejamento feito por Ricardo, com o apoio da governadora Roseana, prevê, para naquele prédio, o funcionamento de um hospital macrorregional geral. O empréstimo contraído junto ao BNDES é para essa finalidade, é para implantar um hospital de alta complexidade para servir toda a região Tocantina. Não é só para a oncologia. O governador quer alterar o projeto porque oncologia empata despesas com receita. É a lógica capitalista do governador comunista”, apontou.
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