A volta da barbárie… Barbárie é a condição daquilo que é selvagem, cruel, desumano e grosseiro, ou seja, quem ou o que é tido como bárbaro. A barbárie pode ser interpretada como uma ação de extrema violência e agressividade, com o único objetivo de afetar diretamente a paz e a tranquilidade de determinado grupo. Os valores humanos vêm perdendo seus princípios na sociedade!!!
De acordo com o delegado Deoclécio Assis, titular da UPP, as jovens foram espancadas e torturadas por criminosos, os criminosos alegaram que as jovens eram “informantes policiais”. No vídeo que está sendo compartilhado nas redes sociais, as três garotas aparecem com suas cabeças raspadas e são obrigadas por um criminoso a trocarem tapas no rosto entre si. “De quem ela falou a casa?”, pergunta o criminoso. “Não falei nada de você”, responde uma das jovens. “Quem deu a minha casa?”, insiste o traficante, e logo após ele pega um chinelo e dá umas chineladas em duas jovens.
O interrogatório acontece na cozinha de uma casa na Ladeira dos Tabajaras, na zona sul do Rio de Janeiro. O chão está tomado por cabelos de três mulheres cortados à força. De cabeças raspadas, elas são questionadas a tapas e chineladas por traficantes do Comando Vermelho.
Em áreas dominadas pelo crime organizado, criminosos estabelecem as leis e as respectivas penas para quem as infringe. No caso de mulheres, namorar pessoas de comunidades rivais, passar informações sobre atividades dos traficantes à polícia, dever para a “boca de fumo” e até brigar em bailes são alguns dos “motivos” passíveis deste tipo de tortura.
Esse é o caso de uma das três mulheres que foram interrogadas, no dia 5 de novembro, por traficantes da Ladeira dos Tabajaras, uma favela incrustada entre os bairros cariocas de Copacabana e Botafogo. Dominado pelo Comando Vermelho, o lugar possui uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) desde 2010.
Segundo o delegado Deoclécio Francisco de Assis Filho, policiais militares da UPP Tabajaras estavam atrás de criminosos da região quando fizeram uma batida em uma casa e encontraram as três mulheres e um grupo de traficantes. Eles teriam se escondido na casa e obrigado uma delas a dizer que era mulher de um deles. Todos foram levados pela PM para a delegacia e as três prestaram depoimento. Ao voltar para a favela, elas foram acusadas pelos traficantes de serem “X-9” (dedo-duro) e foram torturadas.
A promotora vai enviar um ofício para a SSP-BA (Secretaria da Segurança Pública da Bahia) para obter informações oficiais sobre o caso. Procurada, a SSP-BA informou, com base em análises da Superintendência de Inteligência, que a vítima não quis prestar depoimento à delegacia sobre a agressão sofrida. Uma investigação foi aberta para identificar os traficantes.
Outro caso semelhante foi registrado em Salvador no bairro da Liberdade, em junho deste ano.
Publicado em: Governo