A SEMA de Dino se preocupa com os rios maranhenses? Caso se preocupasse iria à reunião dos CBHs

Publicado em   23/fev/2017
por  Caio Hostilio

LAMENTÁVEL – SECRETÁRIO ADJUNTO DA SEMA CHEGA NO FIM DA REUNIÃO DE CÂMARA TÉCNICA DO CONERH QUE TRATARIA DO PROCESSO ELEITORAL DOS CBHs

Na tarde de ontem, dia 22, foi convocada uma reunião entre os conselheiros membros da Câmara Técnica de Criação de Comitês de Bacias Hidrográficas (CTCCBH) do CONERH, os presidentes dos CBHs dos Rios Munim e Mearim, técnicos da Secretaria de Meio Ambiente, o secretário adjunto de licenciamento, Diego Matos e o chefe de gabinete do secretário de meio ambiente para tratarem sobre o processo de eleição dos dois únicos Comitês de Bacias que existem no Estado. Para surpresa de todos, foi informado que uma outra reunião foi agendada entre o secretário de meio ambiente, Marcelo Coelho e os presidentes dos CBHs para a próxima quinta-feira, dia 23, para tratar também sobre as eleições dos Comitês.

Porém, o que mais desagradou os presentes foi a ausência do chefe de gabinete da SEMA, Sabino Rocha e da chegada ao final da reunião do secretário adjunto de licenciamento, Diego Matos – cuja reunião teve início por volta das 14h30 e só às 16h o secretário adjunto compareceu. O primeiro não justificou a ausência e o segundo explicou que chegou ao horário, porém teve seu tempo tomado pelo gestor da sala de situação da SEMA. E mesmo chegando ao fim da reunião, o adjunto Diego Matos pouco contribuiu e manteve-se mais como ouvinte.

Diante disso, a conselheira Thereza Christina Pereira Castro questionou qual seria o grau de comprometimento da Secretaria para com os CBHs dos rios Munim e Mearim. “Marcar outra reunião para tratar do mesmo assunto e ainda nem a presidente desta Câmara, a conselheira Ana, ser convidada é lamentável”, disse.

De forma unânime todos os presentes concordaram que não pode haver eleição dos CBHs se não houver orçamento previsto para tal finalidade e o real comprometimento da SEMA com os Comitês de Bacias Hidrográficas. Todos também concordaram que os CBHs, existentes há dois anos, padecem de credibilidade. “Não sou candidato, pois não quero presidir uma coisa que não existe. Isso está desacreditado”, desabafou o atual presidente do CBH do Rio Munim, Carlos Borromeu.

O presidente do CBH do Rio Mearim, Ivo Gonçalves também compactuou com a afirmação de Borromeu, pois não pretende ser presidente de algo inexistente. “Precisamos organizar as coisas ou então se deve esquecer de vez a política dos Comitês de Bacias”, disparou.

Durante a reunião, o presidente Ivo Gonçalves explicou que está tentando marcar uma reunião com o secretário Marcelo Coelho desde setembro do ano passado. “Quando tivemos a oportunidade de estar com o secretário, entregamos o planejamento anual do Comitê e nunca tivemos respostas. Passamos um ano sem poder reunir o Comitê e isso é grave”, lamentou.

Outro fato que foi duramente criticado foi o Fórum dos Comitês de Bacias Hidrográficas, realizado em junho do ano passado na cidade de Codó. Não houve avanços, não houve o fortalecimento dos comitês que já existem e nem se criou os CBHs dos rios Balsas, Preguiças e Itapecuru. Os presentes criticaram ainda sobre os custos de se fazer tal evento, sem atingir as metas e cumprir com objetivos básicos.

Assuntos como fazer o cronograma da eleição, fazer alterações no edital sobre as eleições todos acordaram em fazer após a reunião com o secretário de meio ambiente para saber se haverá orçamento para custear o processo das eleições. O conselheiro Manoel Araújo, que é presidente da CTIL também lamentou a falta de vontade política em fortalecer os Comitês. “Se não houver comprometimento não pode haver eleição”, finalizou.

  Publicado em: Governo

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