
O motivo foi a apresentação, num seminário ontem em Brasília, pelo adjunto de Cintra, de estudos não autorizados por Guedes, que defende uma proposta de imposto análogo à CPMF.
O auditor fiscal José de Assis Ferraz Neto assumirá o cargo interinamente.
A decisão foi confirmada pelo Ministério da Economia, que divulgou nota oficial afirmando que “não há um projeto de reforma tributária finalizado” e que “a proposta somente será divulgada depois do aval do ministro Paulo Guedes e do presidente da República Jair Bolsonaro”.
No início deste mês, Bolsonaro já havia criticado a proposta de recriação de imposto nos moldes da CPMF.
“Já falei para o [Paulo] Guedes: para ter nova CPMF, tem que ter uma compensação para as pessoas. Se não, ele vai tomar porrada até de mim”, disse o presidente.
Leia a íntegra da nota emitida pelo Ministério da Economia:
O Ministério da Economia comunica o pedido de exoneração do secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra. Esclarece ainda que não há um projeto de reforma tributária finalizado. A equipe econômica trabalha na formulação de um novo regime tributário para corrigir distorções, simplificar normas, reduzir custos, aliviar a carga tributária sobre as famílias e desonerar a folha de pagamento. A proposta somente será divulgada depois do aval do ministro Paulo Guedes e do presidente da República, Jair Bolsonaro. O ministro Paulo Guedes agradece ao secretário Marcos Cintra pelos serviços prestados. O auditor fiscal José de Assis Ferraz Neto assume interinamente o cargo.
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