Os indicadores da economia real no Brasil começam a revelar um país que está se preparando para uma retomada sustentável, ao lado do retorno da confiança dos cidadãos, aponta um relatório do Bank of America Merrill Lynch publicado nesta quinta-feira (24) e obtido pelo Money Times.
É verdade que a produção industrial e o setor de serviços ainda indicaram um desempenho ruim nos últimos levantamentos na comparação anual, mas as vendas no varejo já voltaram a subir.
Sinais mistos sobre a atividade econômica (3 meses – anual)
Além disso, argumentam David Beker e Ana Madeira, os dados estão melhores na margem – mês a mês – e sugerem que a tendência positiva – embora precoce – da atividade econômica continue.
Confiança
Este cenário é ainda preenchido pelo efeito positivo da queda contínua da inflação, dos juros e do avanço das reformas.
“Todos os índices de confiança iniciaram uma tendência ascendente nos últimos meses, o que poderia reafirmar uma recuperação econômica sustentada pela frente”, apontam os economistas.
A confiança do consumidor cresceu pela quinta vez consecutiva em setembro e alcançou os 89,7 pontos (contra 89,1 em agosto) e a confiança da indústria chegou ao quarto mês seguido de melhora.
Inflação está muito abaixo da meta (ano a ano)
“Considerado tudo isso, vemos um risco de alta para a nossa projeção de crescimento de 0,7% para o PIB em 2019”, concluem. O banco também estima que o juro, hoje em 5,5%, termine o ano a 4,75%. Eles esperam, também, uma chance de uma Selic até menor.
Em um relatório publicado hoje, o BTG Pactual já vê o juros a 4% em 2020.
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