A investigação apura a atuação de um grupo de hackers que invadiu celulares de autoridades, como procuradores da Lava Jato e o ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro.
O acesso às mensagens já havia sido determinado pelo ministro em 28 de dezembro. A defesa de Lula, no entanto, afirmou que a decisão não foi integralmente cumprida.
“Determino desta feita à Polícia Federal que franqueie à defesa do reclamante [Lula] o acesso, imediato e direto, à íntegra do material apreendido na Operação Spoofing”, escreveu Lewandowski em nova decisão (íntegra – 191 KB), publicada na última 6ª feira (22.jan.2021).
De acordo com o magistrado, a defesa de Lula deve receber o material “encontrado na posse de todos os investigados, sem restringir-se apenas aos dados achados em poder de Walter Delgatti Neto [um dos hackers envolvidos], o que deverá ocorrer na sede da Polícia Federal em Brasília-DF”.
A defesa do ex-presidente quer acesso às mensagens sob o argumento de que nelas há diferentes menções aos processos contra Lula na Operação Lava Jato, conforme série de reportagens da imprensa. Nas conversas, há por exemplo trocas de mensagens entre o ex-coordenador da Lava Jato no Paraná, o procurador Deltan Dallagnol, e Moro.
Lula tenta reverter a condenação no caso do tríplex do Guarujá (SP). A defesa do petista argumenta que Moro agiu com parcialidade ao condená-lo.
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