Esse blog já havia chamado a atenção na “População pode crescer com paixões repentinas!!! Barroso do STF autoriza que transexuais escolham ficar em presídios femininos… Vão bagunçar!!!” publicada no dia 20/03/2021.
A filial brasileira da Women’s Human Rights Campaign (Campanha pelos Direitos Humanos das Mulheres) pediu à Procuradoria-Geral da República (PGR), na quinta-feira (1), para interceder no sentido de suspender a decisão de Barroso. Na petição, com aproximadamente 60 páginas, a organização cita o alto índice de violência entre presos do sexo masculino, a vantagem física dos homens biológicos em confrontos corporais e o risco de estupro.
“A nossa campanha sabe que presos correm riscos em penitenciárias masculinas, ainda mais quando estão fora do padrão. Porém, a solução não é transferir esse risco para as mulheres, e sim, criar espaços específicos nas próprias penitenciárias masculinas e combater a violência dentro delas”, afirma Thársila di Britto, uma das integrantes da organização que assinam o pedido.
“Algo mais subjetivo e menos abordado é que mulheres têm direito à privacidade, que é um absolutamente anulado com a presença do sexo masculino no meio delas”, complementa Aline Coelho, outra integrante da Women’s Human Rights Campaign.
A data de 1º de abril, escolhida para interpor a petição à PGR, não foi por acaso: a Women’s Human Rights Campaign acredita que a tese de que homens biológicos podem ser levados para presídios femininos se baseia em uma mentira.
A Women’s Human Rights Campaign é uma entidade “jovem”. Foi lançada em 2019 e, hoje, tem representantes em 30 países. O movimento se contrapõe, firmemente, com a noção de que a identidade de gênero deve conceder a homens biológicos os mesmos direitos das mulheres.
“O conceito ‘de identidade de gênero’ transforma os estereótipos socialmente construídos que organizam e mantêm a desigualdade das mulheres, em condições essenciais e inatas, minando assim os direitos das mulheres fundados sobre o sexo”, afirma o documento. No Brasil, a organização surgiu no ano passado e conta com 21 integrantes.
“No caso específico de mulheres e de pessoas do sexo masculino que se autoidentificam como mulheres, existe um claro conflito de interesses. São, de fato, lutas opostas. É desanimador que os outros grupos não percebam isso”, afirma Aline Coelho, lamentando que outras organizações “feministas” não se pronunciam sobre medidas que permitem o acesso de homens biológicos a espaços exclusivamente femininos.
Publicado em: Política