O vereador Daniel Barros, na noite desse domingo (02), invadiu, sem a devida autorização, e, sem informar via ofício sobre a visita, as instalações da Unidade de Pronto Atendimento de Caxias (MA). Não bastasse o ato de desrespeito, fora do protocolo normal a que se refere ao exercício do trabalho do parlamentar, o vereador adentrou à unidade sem os devidos aparatos, expôs os pacientes durante uma transmissão ao vivo (via Instagram), podendo levar até mesmo a covid-19 aos pacientes que estão na unidade, afinal, não se sabe qual é o estado de saúde do parlamentar.
Durante a visita, os funcionários, em nenhum momento impediram o parlamentar de adentrar em quaisquer dos ambientes, e, de forma educada, observaram a atitude sem sentido do vereador, que chegou se prévia comunicação com a direção da unidade de saúde. A atitude do vereador, demonstra uma confusão enorme entre a atividade parlamentar com a de you tuber. Sem nenhuma prévia justificativa plausível, apenas com alegações verbais, o parlamentar falou que estava “fiscalizando”.
No entanto, há uma norma na gestão pública municipal, em que, para que se possa realizar alguma atividade, fora de um atendimento normal de um paciente em atendimento, a pessoa deva solicitar via ofício a autorização junto à direção da UPA Caxias (MA), para que se possa ter acesso às dependências da unidade. Durante a visita, a pessoa é conduzida e acompanhada por funcionário da unidade. Os procedimentos são realizados para que, não se leve risco aos pacientes, que estão na unidade de saúde, afinal, não se pode estar permitindo a entrada de qualquer pessoa, a qualquer hora, do dia ou da noite, em uma unidade que deve primar pela saúde das pessoas.
Mas, o vereador, ignorando os protocolos de saúde, e, internos da unidade, nem mesmo respeitou o fato de todos estarmos vivenciando uma pandemia, e, não estava com os paramentos adequados, afinal, ele poderia estar levando o vírus para dentro da unidade de saúde. Durante a transmissão que durou pouco mais de 20 minutos, o vereador exibe-se para uma Câmera, como se estivesse em um ambiente qualquer.
Chama a atenção o fato de que todas as pessoas com as quais o vereador conversou, já terem sido atendidas, o que não se percebe, a necessidade da forma ostensiva e sem justificativa. Em contato com a Assessoria de Comunicação da Secretaria Municipal de Saúde, o parlamentar não apresentou requisição via ofício para proceder a visita, dando um péssimo exemplo.
Também durante a transmissão, o vereador dar mau exemplo, e comete o crime de expor indevidamente a imagem dos pacientes dentro da unidade, sem qualquer respeito à individualidade das pessoas.
COMISSÃO DE ÉTICA DA CÂMARA MUNICIPAL
Em Corumbá (MS), no ano de 2016, o vereador Buxexa Amaral, se envolveu em um episódio em que invadiu um hospital, foi teve a sua situação analisada pela Comissão de Ética da Câmara Municipal, pelo fato de o parlamentar colocar em risco a saúde das pessoas dentro de um hospital local (Santa Casa). Do mesmo modo, como fez o vereador Daniel Barros, que adentrou à unidade de saúde sem avisar com antecedência a direção do hospital, violando com isso a intimidade e a privacidade dos pacientes.
OUTRO CASO!
Em 2018, já em Torres (Rio Grande do Sul), por decisão da 2ª Vara Cível do município, a Associação Educadora São Carlos, mantenedora do Hospital Nossa Senhora dos Navegantes (HNSN), foi condenada a indenizar por danos morais os pais de homem filmado durante procedimentos de emergência. O vídeo, feito com um celular, foi compartilhado em redes sociais.
Publicado em: Política