Logo no início de seu depoimento à CPI da Covid, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, já foi pressionado publicamente pelo presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), e o relator do colegiado, Renan Calheiros (MDB-AL). Os dois parlamentares reclamaram de respostas “subjetivas” de Queiroga.
“O senador Renan tem feito perguntas muito objetivas. o senhor está tratando de questões subjetivas. Não adianta jogar para terceiros”, afirmou Aziz, dirigindo-se ao ministro da Saúde. “O senhor tem que responder sim ou não. Não é achismo.” Renan, por sua vez, complementou: “O senhor [Queiroga] já está há 45 dias no ministério e ainda não tem consciência do que encontrou?”.
O ministro, então, pediu “desculpas” ao presidente e ao relator da CPI, mas afirmou que só pode responder sobre o que tem conhecimento. “Eu peço desculpas se não estou sendo claro e objetivo, mas testemunho sobre os fatos que eu conheço”, disse Queiroga.
Indagado sobre o que teria faltado para que o governo brasileiro conseguisse enfrentar a covid-19 em melhores condições, Queiroga citou o Sistema Único de Saúde (SUS). “O fortalecimento do nosso SUS. Os senhores sabem as condições em que o SUS estava antes dessa pandemia. Isso é o que faltou, é um dos pontos que faltou.”
Publicado em: Política