Na tarde desta quarta-feira (19), a ex-coordenadora da Lava Jato, Thaméa Danelon, disse que, em 21 anos como membro do Ministério Público Federal (MPF), nunca testemunhou uma operação policial sem a ciência do Ministério Público (MP).
A declaração da procuradora da República foi feita nas redes sociais ao comentar sobre a Procuradoria-Geral da República (PGR) não ter sido consultada sobre o aval do ministro do STF, Alexandre de Moraes, para a Polícia Federal (PF) realizar uma operação contra o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.
“Em 21 anos como membro do MPF eu nunca testemunhei uma operação policial sem a ciência do Ministério Público. Como titular da Ação Penal Pública, o MP SEMPRE deve tomar ciência da realização de medidas cautelares em uma investigação conduzida pela polícia”, escreveu Danelon no Twitter.
Na manhã de hoje, Salles foi alvo da PF em um investigação que apura suposta exportação ilegal de madeira para Estados Unidos e Europa.
A ação teve como objetivo, de acordo com a PF, apurar crimes corrupção, advocacia administrativa, prevaricação e facilitação de contrabando. Os delitos teriam sido praticados por agentes públicos e empresários do ramo madeireiro.
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