Rezek, que presidiu o TSE e foi juiz da Corte Penal Internacional de Haia, mencionou a instauração do inquérito ilegal das fake news como uma ideia “infeliz”, que influenciou no processo.
“O Supremo não se tornou vulnerável por culpa exclusivamente alheia. Isso seguramente tem a ver com a falta de unanimidade na tomada de decisões. Quando me perguntaram há dois anos sobre a abertura daquele inquérito relativo às fake news, chamado por alguns de inquérito do fim do mundo, eu disse que foi uma ideia infeliz. Mas é muito difícil voltar atrás em certos cenários e níveis de autoridade. E é difícil para o colegiado desautorizar seus dois integrantes“, afirmou o magistrado à revista.
De acordo com o ex-ministro, a carta de recuo do presidente Jair Bolsonaro não representa uma mudança de personalidade, mas é uma sinalização de moderação.
“Não é mudança radical. Não se transforma, da noite para o dia, Jair Bolsonaro em Franklin Roosevelt, que também teve um histórico de oposição à Suprema Corte americana, mas administrou isso com sabedoria exemplar. Até mesmo a réplica de Bolsonaro aos seus apoiadores mais fanáticos, que deram um grito de protesto à carta, me pareceu mais equilibrada do que as manifestações anteriores
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