No momento em que o aumento da conta de luz corrói a renda do cidadão, vem à tona uma auditoria para revelar que o consumidor pagou, entre 2017 e 2020, mais de R$ 5,2 bilhões em sua conta de luz por uma série de erros técnicos cometidos pelo governo e a cúpula do setor elétrico, em projeções de produção de energia. Isso representou um impacto médio de 5% no valor das contas.
O jornal Estadão teve acesso a uma auditoria concluída em setembro pela Controladoria-Geral da União (CGU), que analisou como a falta de chuvas impacta o setor. O órgão conclui que boa parte dos custos que dragam a renda da população decorre de fatores “sem qualquer relação com o índice de precipitações” das chuvas. A auditoria mostra que R$ 2,22 bilhões bancaram custos com “frustração de energia” hidrelétrica, isso porque a capacidade usada como referência pelo governo para abastecer o País está “desatualizada”, ou seja, as usinas já não produzem tudo aquilo que dizem. Coube ao cidadão bancar essa diferença.
Outro “erro de cálculo” diz respeito à programação planejada para a usina de Belo Monte, em sua fase de motorização. A produção esperada não se confirmou e, segundo a CGU, foi preciso comprar essa energia de outras usinas, ao custo de mais R$ 2,3 bilhões.
Outros R$ 693 milhões foram pagos devido ao atraso em linhas de transmissão, o que fez com que usinas da Amazônia liberassem água sem produzir energia, por não ter como distribuir. “É necessária a rediscussão da alocação desses custos, especialmente aqueles relacionados a questões alheias ao risco hidrológico, de modo que não sejam os consumidores de energia elétrica os únicos a suportarem os efeitos financeiros”, diz a CGU.
Com tolerância do governo federal e da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), hidrelétricas de todo o País descumprem a lei e deixam de revisar a capacidade de geração de suas estruturas, o que tem resultado em frustração de produção e, assim, gerado custos bilionários ao consumidor de energia.
A regra é conhecida. Desde 1998, um decreto (2.655) prevê que, a cada cinco anos, toda usina hidrelétrica deve revisar a sua “energia assegurada”. Esse cálculo, de competência da EPE e vital para o setor elétrico, permite a realização de simulações que apontam a contribuição de cada gerador e a máxima quantidade de energia possível de oferecer.
Ano após ano, as usinas têm perdido capacidade de geração devido a fatores como redução do volume de água, além de equipamentos, que podem ficar defasados. Na prática, as usinas não fazem essa revisão, porque sabem que qualquer redução na garantia física das usinas vai significar perdas financeiras, porque diminui o montante de energia que podem vender, independentemente de quem vá pagar por isso. Não por acaso, as hidrelétricas sempre dificultaram esse pente-fino, tanto que a primeira revisão só ocorreu em 2017, 20 anos após a exigência legal.
O senador Weverton (PDT-MA) comemorou a assinatura da Medida Provisória que criou o regime de autorização para novos trechos de ferrovias, ou seja, sem a realização de leilão pelo governo federal. O parlamentar foi um dos articuladores da prorrogação da MP.
“Essa assinatura é importante porque vai beneficiar diretamente o Maranhão. Isso vai viabilizar o trecho a construção de ferrovias como, por exemplo, o trecho Balsas-Estreitos”,
Weverton participou de uma reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e falou sobre a importância da medida para o setor ferroviário, em especial para o Maranhão.
“Duas ferrovias serão construídas. Uma de Estreito a Balsas, com 245 quilômetros de extensão por parte do VLI; e outra de Açailândia a Alcântara, com 520 quilômetros pela empresa Grão Pará”, explicou Weverton.
Com a prorrogação da MP, seguem ativas 25 propostas de novos trechos ferroviários apresentados pelo Ministério da Infraestrutura, projetos que ultrapassam um potencial de investimento de R$ 100 bilhões.
Em paralelo ao texto, foi encaminhado à Câmara o projeto que institui o marco legal das ferrovias e que tem conteúdo parecido ao da MP. A proposta já foi aprovada no Senado e, se passar na Câmara, seguirá para sanção presidencial.
O Congresso Nacional foi omisso ao não editar lei complementar que regulamentasse a alíquota única do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para os combustíveis e derivados de petróleo no Brasil. O entendimento é do procurador-geral da República, Augusto Aras, e foi apresentado em manifestação enviada ao Supremo Tribunal Federal.
No documento, o PGR opina pela fixação de prazo razoável para a edição da norma sobre o assunto.
O parecer foi apresentado no âmbito da Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) 68, proposta pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), e pelo advogado-geral da União, Bruno Bianco Leal. Segundo a inicial da ação, a Emenda Constitucional 33/2001 prevê a edição de norma geral – atribuição do Congresso Nacional – que defina os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o ICMS incidirá uma única vez, o chamado regime monofásico.
Augusto Aras pontua que, mesmo passados 20 anos da promulgação da EC 33/2001, o Congresso Nacional ainda não editou a lei complementar para definir o rol dos combustíveis sujeitos à incidência única do ICMS. “Mera existência de projeto de lei, ainda que tramitando em regime de urgência, não descaracteriza a situação de omissão inconstitucional”, afirma em um dos trechos do parecer.
Prazo razoável
O presidente da República pediu, ainda, que o Supremo Tribunal Federal estipulasse o prazo de 120 dias para que o Congresso editasse a norma. Quanto a isso, a manifestação do MPF lembra que há jurisprudência do STF no sentido de que, mesmo que seja reconhecida a omissão, em respeito ao princípio da divisão funcional de Poder, o fato apenas confere à Corte Suprema dar ciência ao legislador para que este adote as medidas necessárias. No entanto, Aras lembra que o STF pode estabelecer prazo razoável para adoção de providências legislativas necessárias, sem que o ato represente imposição constitucional de atuação legislativa.
O procurador-geral concorda com argumentos do Senado Federal de que, “é razoável que a busca por consenso legislativo acerca da matéria seja mais demorada. Trata-se de questão política das mais delicadas, submetida a diversas formas de composição, bem como a grande variedade de interesses interfederativos”. Diante disso, a própria emenda previu regra transitória, delegando aos estados e ao Distrito Federal a disciplina da matéria, mediante convênio. Aras lembra que o próprio presidente da República retirou o regime de urgência constitucional do PLP 16/2021, que trata do assunto, reconhecendo a necessidade de análise mais acurada do Congresso Nacional.
Convênio de ICMS
A ação inicial pede que, mesmo se não for editada lei sobre o tema, o STF estabeleça “interpretação conforme à Constituição ao artigo 4º da Emenda Constitucional 33/2001” para determinar a “uniformidade de alíquotas de ICMS-Combustíveis (155, § 4º, 1inciso IV, alínea “a”, da Constituição), reparando-se, assim, as lesões constitucionais”.
Aras reforça que a definição sobre quais combustíveis e lubrificantes incidiria o regime monofásico do ICMS, não resultará na automática uniformização de alíquotas do tributo em todo o território nacional. Isso porque, em respeito à competência tributária dos entes federativos, a uniformização das alíquotas exige prévio consenso dos estados-membros e do Distrito Federal em convênio celebrado no âmbito do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz).
Nesse ponto, segundo Aras, trata-se de opção político-normativa e, portanto, não cabe atuação do Supremo Tribunal Federal. Uma vez agindo como legislador positivo, a Corte substituiria os estados-membros e ao Distrito Federal na deliberação da matéria, afirma o PGR ao opinar pela improcedência do pedido. “A omissão normativa distingue-se da opção normativa, de modo que, ausente o dever constitucional de editar a norma na segunda, apenas a primeira é sindicável por ação direta de inconstitucionalidade por omissão”, conclui.
Nesta quinta-feira (28), ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) disseram a integrantes da CPI da Covid que um eventual arquivamento das providências pedidas no relatório final da comissão, por decisão do procurador-geral da República, Augusto Aras, será definitivo.
A informação é do jornal O Estadão, na conversa com senadores, os magistrados da Suprema Corte observaram que a jurisprudência do STF não deixa margem para o “plano B” traçado pelos parlamentares para levar o presidente Jair Bolsonaro a julgamento.
A cúpula da CPI da Covid estudava propor uma ação penal subsidiária da pública para driblar uma possível omissão do procurador-geral ou um arquivamento das denúncias.
Na prática, a medida planejada pelos membros da comissão levaria as acusações diretamente ao STF. No entanto, ministros da Corte destacaram que a ação só é pertinente na 1ª hipótese.
No entendimento da comissão, a PGR deve se manifestar dentro de 30 dias para que a omissão não fique caracterizada. Eles se baseiam na Lei 10.001/2000, que dispõe sobre procedimentos do Ministério Público a partir de CPIs e versa que a autoridade que receber as resoluções da comissão parlamentar deverá informar e justificar providências dentro de um mês.
A posição foi apresentada aos senadores pelos ministros Luiz Fux e Alexandre de Moraes, do STF. Os parlamentares estão percorrendo tribunais para, simbolicamente, entregar cópias do relatório final da CPI.
O recado dos integrantes da Corte também lança um balde de água fria sobre uma tese cultivada pela cúpula da CPI para tentar a ação subsidiária mesmo em caso de arquivamento.
Uma parte do grupo da CPI pretendia provocar o STF com o argumento de que o arquivamento de pedidos detalhados em um relatório de investigação robusto seria, na verdade, uma omissão.
O gabinete do senador Davi Alcolumbre, ex-presidente do Senado Federal, foi utilizado para um esquema de “rachadinha” de R$ 2 milhões na Casa. A denúncia foi feita pelas assessoras para a revista Veja.
Pessoas de confiança do parlamentar recolhiam parte do salário de seis assessoras, que ganhavam na época entre R$ 4 mil e R$ 14 mil reais. As funcionárias também entregavam ao senador benefícios e verbas rescisórias as quais elas teriam direito, de acordo com a revista.
O esquema funcionou entre janeiro de 2016 até março deste ano. No período, Alcolumbre foi presidente do Senado de fevereiro de 2019 a dezembro do ano passado. Atualmente, ele está à frente da CCJ da Casa, uma das mais importantes.
Segundo a Veja, para repassar a maior parte de seus salários ao senador, as assessoras tiveram que abrir uma conta no banco e entregaram o cartão com a senha para pessoas de confiança de Alcolumbre.
Em troca, elas recebiam uma pequena gratificação, que, em alguns casos, não correspondia a 10% do salário.
Na época que aceitaram fazer parte do esquema, as seis mulheres — Marina Ramos Brito dos Santos, Lilian Alves Pereira Braga, Erica Almeida Castro, Larissa Alves Braga, Jessyca Priscylla de Vasconcelos Pires e Adriana Souza de Almeida — afirmam que passavam por dificuldades financeiras e estavam desempregadas.
Moradoras de regiões periféricas do Distrito Federal (DF), elas não tinham ensino superior completo nem experiência em trabalhar no Legislativo.
“O senador me disse assim: ‘Eu te ajudo e você me ajuda’. Estava desempregada. Meu salário era mais de R$ 14 mil, mas topei receber apenas R$ 1.350 reais. A única orientação era para que eu não dissesse para ninguém que tinha sido contratada no Senado”, denunciou Marina, de 33 anos, à “Veja”.
Nenhuma das seis funcionárias trabalha mais com o senador. Marina e outras duas ex-assessores, as irmãs Larissa e Lilian, entraram com um processo na Justiça contra Alcolumbre após serem exoneradas sem aviso prévio enquanto estavam grávidas.
Na ação, anexaram documentos que comprovam que tinham vínculo com o gabinete do parlamentar. Entre os papeis, segundo noticiou a revista, há extratos bancários que compravam que alguém zerava as contas das funcionárias quando o pagamento era creditado.
Os saques eram feitos em um caixa eletrônico há 200 metros do gabinete de Alcolumbre.
Em resposta à Veja, o ex-presidente do Senado disse que se concentrava nas atividades legislativas e que questões administrativas, como a contratação de funcionários, ficavam sob responsabilidade do chefe de gabinete à época, Paulo Bouden. O senador disse ainda que não se lembra das ex-assessores citadas na matéria. Boudens foi exonerado em 2020.
Atualmente, Alcolumbre tem rivalizado com o presidente ao barrar a sabatina de André Mendoça na CCJ. O ex-advogado-geral da União é o indicado de Bolsonaro para a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF), mas aguarda desde julho deste ano para a votação na Comissão — sessão que o presidente do colegiado se nega a marcar.
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira (28) que o governo estuda propor mudanças na política de paridade com o mercado internacional seguida pela Petrobras. Ele afirmou que “ninguém vai quebrar contratos” e reafirmou que pediu para a área econômica incluir a petroleira no “radar” de privatizações.
“A Petrobras é obrigada a aumentar o preço porque ela tem que seguir a legislação e nós estamos tentando aqui buscar maneiras de mudar a lei nesse sentido, porque não é justo viver em país que paga tudo em real, é um país praticamente autossuficiente em petróleo e tem o preço do seu combustível aqui atrelado ao dólar. Realmente ninguém entende isso”, disse durante live na redes sociais.
Bolsonaro disse que a lei sobre a paridade internacional é algo que “vem de anos”, mas que é preciso “mudar isso”.
“Falei para o [ministro da Economia]Paulo Guedes botar a Petrobras no radar de uma possível privatização porque se é uma empresa que exerce o monopólio, ela tem que ter o seu viés social no bom sentido”, declarou. Bolsonaro afirmou que a empresa precisa investir mais no setor de gás e “que dê lucro não muito alto”.
“Carecemos de mudança de legislação, que passapelo Parlamento. Repito: ninguém vai quebrar contrato, ninguém vai inventar nada. Mas tem que ser [uma] empresa que dê lucro não muito alto, como tem dado”, disse.
ICMS
Na live desta quinta-feira (28), Bolsonaro voltou a criticar a alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) de combustíveis. Ele afirmou que governadores estudam congelar o imposto por 90 dias, mas que essa não seria a solução ideal para reduzir o preço dos combustíveis.
“Congelar por 90 dias é a solução? Não é, o que nós gostaríamos que acontecesse seria que o ICMS incidisse sobre o valor do diesel e da gasolina na refinaria, do álcool lá na usina, não no preço final da bomba porque acaba sendo bitributado”, disse. O chefe do Executivo criticou a “voracidade” de governantes para cobrar impostos e aumentar a arrecadação.
“O ICMS de combustíveis pesa e muito favoravelmente dos cofres dos respectivos Estados. Tanto é que os Estados estão programando gastos em cima disso”, declarou.
Othelino Neto, senador Weverton Rocha e prefeito Paulo Curió na inauguração do Centro Cultural de Turilândia
O presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputado Othelino Neto (PCdoB), prestigiou, nesta quinta-feira (28), em comemoração ao Dia do Servidor Público, a inauguração de uma série de obras no município de Turilândia, realizadas pela Prefeitura com recursos próprios e, também, em parceria com o Governo do Estado, entre elas a Escola Militar Tiradentes X, o Posto Avançado do Detran e o Santuário da Padroeira Santa Luzia, que foi revitalizado.
O município tem, ainda, outras obras sendo executadas, graças a solicitações feitas pelo parlamentar e à destinação de emendas de sua autoria, a exemplo da construção do Hospital Municipal Pedro Lucas Dias Fonseca e da pavimentação de ruas, viabilizada por meio do Programa Mais Asfalto.
Na solenidade, Othelino destacou a importância da chegada dos serviços ao município. “Dia marcante para a querida Turilândia. A melhor forma de homenagear o servidor público é assim, entregando novas obras, porque isso demonstra que, sem servidores qualificados e estimulados, não há políticas públicas. Tudo o que lentregamos só vai funcionar porque tem servidor público trabalhando para a sociedade”, disse Othelino, que enalteceu, ainda, o trabalho do prefeito Paulo Curió.
“As parcerias firmadas por ele têm tornado Turilândia uma das cidades com mais obras no Maranhão”, acrescentou.
Othelino, acompanhado de Weverton Rocha, Paulo Curió e Jefferson Portela, prestigia inauguração de Posto do Detran
Presente aos atos de inauguração das obras, o senador Weverton Rocha (PDT) destacou o trabalho do seu grupo político em prol de Turilândia. “O município tem enfrentado a crise com muito trabalho e as parcerias positivas que o prefeito Curió conseguiu fazer foram fundamentais, principalmente com o apoio do deputado Othelino, que tem realizado um grande trabalho a favor do municipalismo”, disse
Serviços
O prefeito da cidade, Paulo Curió, acompanhado do seu pai, o ex-prefeito Domingos Curió, e do seu irmão, Marcel Curió, agradeceu pelo empenho do grupo no sentido de levar ao município as obras e os serviços que a população almeja.
“Eu me sinto muito honrado em ter comigo esses parceiros sempre presentes, o que tem resultado em muitas obras para a nossa cidade, algumas já entregues e outras em plena execução”, declarou Curió.
No ato de inauguração das obras, Othelino ressalta a importâncias dos novos serviços ofertados aos turilandenses
O secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela, destacou a importância da escola militar para o avanço educacional no município. “A chegada da escola militar a Turilândia reforça o compromisso do governador Flávio Dino em garantir educação para toda a população”, enfatizou.
O diretor-geral do Detran, Francisco Nagib, falou da importância de ter um posto do órgão na cidade. “Agora, não precisamos mais das cidades vizinhas para resolver problemas de habilitação, documentações e vistoria. Além desses serviços, estamos trazendo também capacitação”, ressaltou ele, enaltecendo, ainda, a entrega de 200 capacetes para motociclistas.
A Câmara dos Deputados, através da comissão de fiscalização e controle, realizou audiência pública para debater a aplicação da lei 13.987 de autoria do deputado federal Hildo Rocha (MDB-MA). A lei foi criada no ano passado com o objetivo de assegurar, em caráter excepcional, que os gêneros alimentícios adquiridos com recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) possam ser entregues nas casas dos pais ou responsáveis por estudantes das escolas públicas de educação básica em períodos de pandemia.
A Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009, que disciplina o tema, impedia que os alimentos adquiridos com recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar fossem distribuídos fora do ambiente escolar. Por iniciativa do deputado Hildo Rocha, a legislação foi alterada a fim de assegurar que durante o período em que as escolas forem obrigadas a permanecer fechadas, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) não seja interrompido.
“A principal refeição diária, se não a única, de milhões de crianças, é a alimentação servida nas escolas. Por meio dessa pequena mudança que fiz na legislação, possibilitamos a entrega dos alimentos que são usados para fazer a merenda escolar nas casas dos alunos pobres, durante a pandemia, garantindo assim alimentos para milhões de estudantes em todo o Brasil”, explicou o parlamentar.
Eficácia da Lei
Entretanto, de acordo com o parlamentar, inúmeras lideranças políticas, vereadores, professores, estudantes, diretores de escolas, sindicalistas e dirigentes de Organizações Não Governamentais, encaminham ao seu gabinete, com muita frequência, denúncias contra alguns gestores que não vem cumprindo corretamente a legislação.
“Recebi no meu gabinete várias denúncias em relação à utilização dos recursos da Merenda Escolar, outras denúncias apontam baixa qualidade dos gêneros alimentícios e quantidade insuficiente de alimentos. A fim de tratar dessa questão, entender melhor as dificuldades dos gestores e contribuir para que os responsáveis pelo fornecimento da merenda escolar possam entregar a alimentação de maneira correta e colaborar no sentido de fazer um acompanhamento melhor acerca da eficácia dessa lei organizei essa audiência Pública no âmbito da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC)”, justificou.
Preocupação fundamentada
A preocupação do deputado Hildo Rocha tem lógica e elementos que justificam a realização do debate. A representante no Brasil da Plataforma de Direitos Humanos, Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais (Dhesca), Mariana Santarelli, afirmou que a distribuição das cestas básicas para alunos da rede pública de ensino não foi feita de forma regular. Monitoramento feito pela entidade revelou que mais de 30 % dos alunos não receberam nenhum tipo de ajuda para se alimentarem e 21% afirmaram que só receberam a cesta uma vez em 15 meses de pandemia.
Comentários dos debatedores e debatedoras
A representante do FNDE, órgão do Ministério da Educação, responsável pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar, Maria Sineide dos Santos, assegurou que o governo acompanha a distribuição da merenda escolar por meio de parcerias com o Ministério Público Federal, organizações da sociedade civil, e universidades federais.
“Por ano, a gente atinge mais de 400 municípios para fazer esse acompanhamento contínuo e não apenas num momento de fiscalização”, afirmou.
O Programa Nacional de Alimentação Escolar atende a cerca de 41 milhões de estudantes em todo o País e repassa para estados e municípios recursos financeiros da ordem de R$ 4 bilhões por ano.
Dificuldades
A representante da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) Selma Maquine destacou o esforço dos municípios na entrega dos kits de alimentos para os alunos, apesar da dificuldade na logística de entrega e do valor reduzido pago pelo Pnae que varia de R$ 0,35 a R$ 1,07, por aluno, ao dia.
Em junho de 2020, a CNM realizou levantamento com cerca de 1.200 municípios e constatou que 85% distribuíram alimentos para os estudantes, durante a suspensão das aulas com diferentes estratégias para a distribuição da merenda, como entrega de kits ou cesta-merenda, cestas básicas e refeições preparadas com os itens que compõem a merenda escolar.
Ainda de acordo com a representante da CNM, a entidade tem feito pesquisas semanais com a finalidade de colher informações referentes à distribuição de merenda escolar. “Na semana passada, levantamento feito entre 1.855 gestores, apontou que 87,5% dos gestores já abriram as escolas para o retorno das aulas presenciais, sendo assegurada a oferta da alimentação escolar na maior parte dos casos na própria escola (66,7%), e 38,3% com entrega de merenda para os alunos do ensino remoto nas suas casas”, destacou Maquine.
Esforço
Selma Maquine afirmou que há um esforço muito grande dos Municípios para que o alimento chegue aos estudantes. “Entretanto, os desafios são de toda ordem e as realidades são as mais diversas na distribuição da alimentação escolar aos alunos, e têm relação com o estágio da pandemia em cada Município”, destacou.
A representante do Conselho Estadual de Alimentação do Amapá, Ilma Santos, afirmou que a maior dificuldade foi na entrega desses alimentos nas áreas indígenas, o que foi parcialmente solucionado com a ajuda da Funai.
Já no Rio de Janeiro, a representante do Conselho Estadual de Alimentação Sandra Pedroso destacou como maior dificuldade a falta de diálogo com os gestores responsáveis pela organização da entrega dos kits de alimentos e a falta de compromisso de compra desses produtos dos agricultores familiares.
O presidente do Conselho Estadual de Alimentação Escolar do Maranhão, Rodrigo Guara Nunes, atribuiu ao Banco do Brasil o atraso enorme no fornecimento, neste ano de 2021, da alimentação escolar aos alunos das escolas públicas estadual. Em relação ao ano passado, Guará não soube dar as informações solicitadas pelo deputado Hildo Rocha porque ele não pertencia ao conselho.
Após matar Halyna Hutchins, diretora de fotografia do filme Rust, com um tiro acidental no set de filmagem do longa, Alec Baldwin deve abandonar a carreira de ator. Pelo menos é isso que afirmam os amigos mais próximos ao artista, conforme noticiou o site Radar Online. Para a publicação, uma pessoa contou que o ator vai se aposentar, motivado pelo incidente que vitimou Halyna.
“Acabou para o Alec. Pode-se dizer que é mais do que provável que ele nunca mais volte a pisar em um set de filmagem. É um pesadelo real. Ele jamais vai conseguir se perdoar pelo que aconteceu e por isso seus dias de atuação chegaram ao fim”, afirmou um colega de Alec. Outra fonte da publicação que é próxima ao ator confirmou as informações.
“Após esse acidente, fazer filmes se torna algo completamente insignificante. A vida dele vai mudar completamente a partir de agora. Justiça social e ativismo sempre foram muito importantes para o Alec, eu não me surpreenderia se ele passe se dedicar apenas a isso a partir de agora”, disse.
O acidente segue sendo investigado pela polícia da cidade de Santa Fé, no estado do Novo México, nos Estados Unidos, local em que o longa vinha sendo rodado. O portal de entretenimento NaTelinha já havia informado que Alec ia tirar um período sabático, após o ocorrido.
Alec Baldwin disparou uma arma supostamente cenográfica e acabou matando Halyna no set de filmagem na quinta-feira (21). O fato aconteceu enquanto ele gravava o filme de Velho Oeste intitulado Rust. O diretor Joel Souza também ficou ferido.
Ele foi levado a um centro médico de acordo com o site Deadline. Atingido no ombro, teve alta na sexta (22). Já a diretora Halyna não teve a mesma sorte e acabou indo a óbito.
O presidente da Câmara Municipal de São Luís, Osmar Filho (PDT), recebeu, nesta quarta-feira (27), a visita do novo prefeito de Cajari, Constâncio Souza, que se filiou ao PDT, e assumiu o cargo, após o falecimento da titular da pasta, Drª. Maria Felix, mãe do parlamentar, ocorrido recentemente.
Na visita, que também contou com a presença de vereadores e lideranças cajarienses, Constâncio lamentou a morte da gestora, ressaltando suas qualidades pessoais e políticas.
“Durante o nosso encontro, falamos sobre o futuro do município e da importância de dar continuidade ao que a minha mãe vinha realizando na cidade” disse Osmar.
O pedetista garantiu que seguirá unido ao grupo no compromisso de fazer com que o município continue sua escalada de desenvolvimento, de maneira a oferecer o que for de melhor para a população local.
“Quero aqui reafirmar o compromisso que temos com o povo do município, mas também reitero o compromisso do nosso grupo em apoiar a sua caminhada rumo ao Legislativo Estadual”, garantiu o chefe do Executivo Municipal de Cajari.
Também estiveram no encontro o presidente da Câmara Municipal de Cajari, Pedro Filho (PCdoB) e, os vereadores Juca Veloso (DEM), Jairo (PDT), Bigu (PDT), Biel Lima (DEM), Enock da Boa Vista (PCdoB) e Valdimar Soeiro (PCdoB); além do ex-prefeito Bento Souza, do ex-vereador, Pedro Nunes e do ex-vereador Reginho, marido da vereadora Marinalva (Republicanos) e o secretário de governo do município, Lucas Coelho.
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