Segundo o psiquiatra Adiel Rios, pesquisador no Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP, a alucinação é a percepção de alguma coisa que não existe, mas que parece real. A sensação é criada pela mente da pessoa.
O problema pode alterar e deixar confusos um ou todos os sentidos que quem alucina: visão, tato, olfato, paladar e audição. Isso significa que a pessoa pode ver, ouvir e sentir coisas que não existem.
— A pessoa entra em um delírio, em que acredita fortemente numa ideia irreal, mesmo quando já foi comprovado que não é verdade. São crenças exageradas, irrefutáveis. O paciente tem certeza de algo, mesmo sem nenhuma evidência real disso. Portanto é possível eu mesmo ser o próprio Jesus Cristo ou ver Jesus em outra pessoa — afirma Rios.
O médico explica que as alucinações podem ser causadas por uma disfunção do neurotransmissor dopamina. Ela atua no sistema nervoso central e influencia o humor, as emoções e a atenção.
— A hiperatividade dopaminérgica provocaria agitação, aceleração do pensamento, com produção de crenças e conteúdos irreais, além de alucinações. Neste momento, tudo é possível, até achar que sou um enviado de Deus para salvar o mundo.
As alucinações podem aparecer em pessoas que não sofrem com nenhuma patologia psiquiátrica. No entanto, o quadro é mais comum em pessoas diagnosticadas com esquizofrenia, bipolaridade e depressão. A alucinação poder ser, também, resultado de reações a drogas e medicamentos, síndromes associadas ao estresse, medo, fadiga, perturbações do sono (especialmente sua privação) e infecções (febres), detalha Rios.
Publicado em: Política
Fudeu mesmo kkkkk