Só um contrato de táxi aéreo foi de quase meio milhão de reais. Despesas são pagas com recursos públicos que abastecem o fundo partidário
Logo após recuperar o direito de disputar a eleição presidencial com a anulação de suas condenações na Lava Jato pelo Supremo Tribunal Federal, Lula viajou a Brasília em maio do ano passado para uma rodada de encontros políticos.
O aluguel da aeronave custou R$ 84,8 mil ao PT — ou aos cofres públicos, já que a origem do dinheiro é o fundo partidário.
Nos quatro dias que ficou em Brasília, Lula e Janja se hospedaram na luxuosa suíte presidencial de 102 metros quadros de um hotel cinco estrelas da região central da cidade. A diária custou R$ 2,5 mil.
Junto com a fatura de R$ 10 mil pelos quatro dias de hospedagem, o PT pagou mais R$ 3,7 mil com comidas e bebidas servidas no quarto de Lula e Janja.
Três meses depois, em agosto, o PT fretou um jatinho maior e mais luxuoso — um Challenger — por R$ 498 mil, para que uma comitiva liderada por Lula fizesse um tour de doze dias por seis estados do Nordeste.
O Challenger apresentou problema no período e o giro foi concluído com outra aeronave, o que fez a empresa de táxi aéreo reduzir o preço original do aluguel em R$ 150 mil.
Em cada uma das capitais que Lula visitou, além das hospedagens em hotéis cinco estrelas à beira-mar para todo o staff, o PT também arcou com o aluguel de salas para as reuniões, além de equipamentos e carros blindados para os deslocamentos do ex-presidente. Em Teresina, por exemplo, ele andou a bordo de um luxuoso Volvo.
Neste ano, as viagens de pré-campanha se intensificaram. Em cinco meses, o PT já gastou com a agência de viagens com a qual tem contrato e com fretamento de jatinhos quase os mesmos R$ 2,5 milhões que foram gastos em todo o ano passado. Os detalhes dessas despesas, porém, só serão apresentados à Justiça Eleitoral no ano que vem.
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