O presidente Jair Bolsonaro teria batido o martelo e topado indicar o desembargador federal Ney Bello (foto), do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), para o cargo de ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A confirmação do nome de Ney Bello, que tem apoio direto de Gilmar Mendes, coroaria uma campanha de pressão e convencimento do desembargador, que fazia rodadas de conversas com ministros do STJ em prol de seu nome antes mesmo da primeira vaga ter aparecido, no final de 2020.
A Veja lembra que, em 2019, ministros da corte superior já relatavam as campanhas do desembargador para ser escolhido pela vaga.
Mais recentemente, Ney Bello garantiu decisões que agradaram não à corte, mas ao próprio Jair Bolsonaro. Foi ele o responsável por rever a prisão do ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, e soltá-lo depois de um dia preso.
A segunda cadeira no STJ ficaria com Messod Azulay, que comanda o TRF-2, responsável pela Justiça Federal nos estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro, de onde a família Bolsonaro é mais próxima.
O nome passaria a integrar o “Grupo do Rio”, composto de ministros vindos do Rio de Janeiro que mantém relações próximas. Além de Luiz Fux e Luis Roberto Barroso no STF, nomes como Luis Felipe Salomão e Benedito Gonçalves no STJ vem do estado.
A indicação de Bolsonaro precisa ser feita ao Senado. Os nomes serão sabatinados pela CCJ e, se aprovadas pelo Plenário, ocupam as cadeiras de Napoleão Nunes Maia Filho e Néfi Cordeiro.
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