Para o ex-ministro do STF, defender golpe de Estado faz parte dos direitos de uma democracia.
O ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello disse que a operação da Polícia Federal contra empresários que defenderam golpe de Estado em um grupo de WhatsApp atenta contra a liberdade de expressão.
Ele disse não ser saudosista da Ditadura Militar nem de qualquer regime de exceção. Mas afirmou que viver em uma democracia também envolve lidar com pessoas que pregam contra ela.
“Para defender a democracia, não podemos colocar em 3º plano a liberdade de expressão. Esses cidadãos sequer têm prerrogativa de serem julgados pelo STF”, disse o ex-ministro do STF.
Ao todo, 8 empresários foram alvos das buscas. Eles são investigados por trocarem mensagens nas quais falam que um “golpe” seria melhor do que um novo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os empresários indicaram que preferem o presidente Jair Bolsonaro (PL).
Os mandados foram expedidos por determinação do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.
Para Marco Aurélio, simplesmente dizer que defende um ou outro regime não pode ser considerado um crime. “Quero conviver em um Estado em que as ópticas diversificadas sejam respeitadas. Alguém pode preconizar uma revolução. Temos que ver a ressonância“, afirmou Marco Aurélio.
Publicado em: Política
O Brasil já está sob um regime de ditadores comunistas? Ninguém mais pode expressar suas opiniões?