A narrativa de quem está gerindo a coisa pública, mesmo que desastrosamente, é a de apresentar uma utopia, que falseia a realidade vivida pelos governados.
Ontem, no debate da Mirante, o atual governador trouxe diversas divergências que traduz bem essa utopia que falsea a realidade vivida pela maioria dos maranhenses.
Tentou apresentar uma malha viária maravilhosa, quando todos sabem da precariedade das rodovias estaduais que cortam o Maranhão. O estado não oferece condições dignas em logística para aqueles que apostariam investir no Maranhão.
Falou em patrulha para fomentar o cultivo agrícola no Maranhão, porém esquece que todas essas patrulhas distribuídas no Estado, assim como os ônibus escolares, as ambulâncias, viaturas etc são oriundas do governo federal. Logo, é falsear a realidade.
Falou muito de escolas dignas, mas esqueceu de dizer que essas escolas são até bonitinhas, porém seu ensino/aprendizagem é ordinário, já que está pautada na falácia do multisseriado… Isso é falsear a realidade.
Buscou os tais restaurantes populares, mas esqueceu de dizer que tais restaurantes jamais chegará naqueles que passam fome, cujo fogões a lenha não tem nada… Os que passam fome vivem nos milhares de povoados espalhados pelo Maranhão e não nas sedes dos municípios… Tem povoado que fica até 100 quilometros da sede… Uma utopia que falseia a realidade na fome e da miséria no Maranhão. Esses restaurantes estão atendendo bem os trabalhadores dos grandes centros… apenas isso.
A grande escala do desemprego apresenta a falta de perspectiva de atração de investimentos, que traria emprego e renda direto e indiretamente. Vivem de falsear dados para esconder os desalentados.
Portanto, seria providencial que vivessem a realidade do Maranhão e assim, quiçá, mudar os péssimos índices desse Estado.
Publicado em: Política
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