Ministro da Justiça, Flávio Dino acusou cinco deputados e dois senadores de espalharem fake news sobre visita ao Complexo da Maré, no Rio
Dino encaminhou uma notícia-crime ao relator do Inquérito nº 4.781, conhecido como Inquérito das Fake News, que, desde 2019, tramita na Suprema Corte. O relator do processo é Alexandre de Moraes. “[Vou representar] contra alguns parlamentares que estão propagando, em associação delituosa, duas fake news. A primeira é de que eu estive no Complexo da Maré reunido com o Comando Vermelho. A segunda, igualmente criminosa, é que estava lá sem escolta policial”, disse o ministro.
O ministro afirmou que processar os responsáveis pela notícia falsa não é apenas um direito dele como cidadão, mas um dever como parlamentar e ministro de Estado.
Entenda o caso
Na segunda-feira (13/3), o ministro da Justiça foi à favela Nova Holanda, que faz parte do Complexo da Maré, para participar de um evento e ouvir lideranças locais. Ele também recebeu um documento com demandas dos moradores da região para aprimorar a segurança.
Após a visita, parlamentares bolsonaristas publicaram vídeos de Flávio Dino entrando na comunidade supostamente sem escolta. Um deles foi Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho “03” do ex-presidente Jair Bolsonaro. No Twitter, Eduardo afirmou que convocará Flávio Dino para explicar “o nível de envolvimento dele e de seu chefe, Lula, com o crime organizado carioca”.
“Eles deveriam se notabilizar pelo trabalho parlamentar sério, respeitando a população, infelizmente, o caminho que eles escolhem é outro. Na nossa ótica, isso pode configurar o crime de calúnia, difamação, racismo com a configuração dada da lei sancionada em janeiro, e também associação criminosa, na medida em que há uma concertação desses agentes”, finalizou Dino.
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