
O estudo, realizado em parceria com o Instituto Genial, destaca que Zema afirmou que os governadores das regiões Sul e Sudeste uniram forças para obter maior protagonismo econômico e político, visando contrapor a influência do Nordeste. No entanto, a pesquisa não abordou a declaração mais polêmica de Zema ao comparar o Nordeste com “vaquinhas que produzem pouco”.
Felipe Nunes, fundador e CEO da Quaest, analisou os resultados e pontuou que a discordância não está no conteúdo da declaração, mas sim na maneira como Zema a apresentou. “O problema reside na abordagem escolhida pelo governador. Ou seja, Zema não desagradou pelo que pensa ou disse, mas pela forma como escolheu abordar a situação. E na política, a forma também é uma mensagem”, pontuou.
O estudo também destacou a reação dos nordestinos, grupo no qual a declaração de Zema sobre o Consórcio Sul-Sudeste encontrou maior apoio, com 59% dos entrevistados concordando com a afirmação do governador. A pesquisa adotou um método em que os entrevistados foram informados sobre a declaração de Zema, questionados sobre concordância ou discordância, se consideravam a fala inapropriada, e se acreditavam na manutenção da unidade nacional, sendo que 85% dos entrevistados apoiaram a continuidade da união nacional.
Os dados também revelaram que os grupos mais propensos a concordar com Zema são aqueles com renda de até dois salários mínimos (62%) e aqueles que possuem ensino fundamental ou médio (59%). Além disso, houve uma análise das preferências eleitorais, mostrando que 61% dos eleitores de Bolsonaro e 54% dos eleitores de Lula concordam com a visão do governador mineiro.
Brasil 247
Publicado em: Política