A onda de ataques teve origem a partir de um texto veiculado no site da Revista Fórum, alinhada ao grupo lulista, no qual alegava-se que colaboradores do Estadão teriam apresentado uma denúncia contra Andreza no Ministério Público do Trabalho, alegando uma suposta pressão para associar, em uma reportagem, o ministro da Justiça, Flávio Dino, à esposa de um líder do tráfico de drogas.
O texto da Fórum, no entanto, não mencionava nomes dos supostos denunciantes nem provas, apenas prints com o relato da suposta acusação. A jornalista afirma que se trata de uma denúncia falsa e que o departamento jurídico do jornal foi acionado.
O diretor-executivo de jornalismo do Grupo Estado, Eurípedes Alcântara, disse que “a reação furiosa orquestrada nas redes sociais contra jornalistas do Estadão em nada diminui a qualidade da apuração da reportagem sobre as intimidades da dama do tráfico com altos funcionários públicos”.
“Ela [onda de ataques] mostra apenas a incapacidade de certos setores de conviver com o jornalismo independente”, completou Eurípedes.
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, também endossou as acusações contra Andreza, escrevendo em seu perfil no Twitter que se tratava de uma “gravíssima denúncia”. Ela também fez menção à rádio Eldorado, do mesmo grupo que publica o jornal, ao dizer que “o conteúdo mentiroso contra o ministro foi turbinado e divulgado também pela rádio”.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, também fez uma postagem no Twitter sem citar a jornalista, mas em tom de endosso às supostas acusações. Ele disse que leu reportagem “desmontando as vis difamações contra mim engendradas”, ainda que não se saiba de que forma teria ocorrido a suposta pressão contra os jornalistas.
Publicado em: Política