As dúvidas sobre a conduta do “ministro com a cabeça política” indicado por Lula persistirão em todos os julgamentos que envolverem questões político-partidárias
Indicado por Lula para o Supremo Tribunal Federal (STF) como “ministro com a cabeça política”, Flávio Dino enfrentou na quarta-feira, 28, seu primeiro caso de conflito de interesses no tribunal. Foi no julgamento das sobras eleitorais — e o ex-ministro da Justiça de Lula votou de uma forma que daria um mandato de deputado federal para o PSB, partido a que estava filiado até o mês passado.
A advogada Vera Chemim, especializada em direito constitucional, disse à Folha de S.Paulo que “não se pode negar que o ministro Flávio Dino teria interesse no objeto daquela ação, mesmo tendo se desvinculado recentemente do seu partido político para assumir a sua função como ministro do STF”.
“Defendeu incisivamente“
Segundo ela, “a despeito de ter sido derrotado, Flávio Dino votou, não apenas pela inconstitucionalidade da norma eleitoral, como defendeu incisivamente a sua retroatividade, o que demonstra claramente o seu interesse no resultado daquele julgamento”.
Era esse o sonho de Lula?
Publicado em: Política