Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro na Presidência da República, o tenente-coronel atacou a Polícia Federal e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal
Em meio aos áudios em que o tenente-coronel Mauro Cid (foto) atacou a Polícia Federal e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), reclamando da condução das investigações sobre a suposta organização criminosa atuante no governo de Jair Bolsonaro, o ex-ajudante de ordens da Presidência da República fez o seguinte desabafo:
Cid é alvo de investigações em três casos: trama golpista, joias sauditas e falsificação de cartões de vacina, esta última sendo o motivo para a sua prisão preventiva.
Em setembro, o STF homologou um acordo de delação premiada com tenente-coronel, que passou a cumprir a prisão preventiva em liberdade provisória.
“Discutiam que a minha versão não era a verdadeira“
“Eles [os policiais] queriam que eu falasse coisa que eu não sei, que não aconteceu… Você pode falar o que quiser. Eles não aceitavam e discutiam. E discutiam que a minha versão não era a verdadeira, que não podia ter sido assim, que eu estava mentindo”, afirmou o tenente-coronel em uma das mensagens.
A Veja não revelou o interlocutor de nenhuma das mensagens.
“O Alexandre de Moraes é a lei”
Em outra declaração, Cid atacou Moraes. “O Alexandre de Moraes é a lei. Ele prende, ele solta, quando ele quiser, como ele quiser. Com Ministério Público, sem Ministério Público, com acusação, sem acusação”, disse o tenente coronel.
“Para mostrar ao interlocutor que haveria uma filtragem das informações que são oficializadas pela PF, Cid fala de um suposto encontro entre o ministro e Jair Bolsonaro, que não ficou registrado nos seus depoimentos”, diz a reportagem.
Publicado em: Política