Reconhecer caracteres, virtudes e valores alheios é uma atitude extremamente nobre, e somente é própria quando sua manifestação é proveniente da sensibilidade para enxergar a genuinidade desses fatores a reconhecer. Quem não sabe reconhecer outrem deixa de experimentar a grandeza de si próprio, ao mesmo tempo em que perde a oportunidade de expressar o privilégio de si mesmo.
Quem não sabe reconhecer outrem, hostiliza-se e ignora a si mesmo demonstrando não saber e nem estar capaz de ser reconhecido. Nem todos sabem e dominam a nobre e salutar arte de reconhecer outrem, assim como nem todos podem fazê-lo. Os extremos sempre aparecem e a exigência judiciosa sempre diferencia. O ato de reconhecer é preciso na sua exatidão quando se tem tino afinado e propriedade legítima e exeqüível sobre ele.
Como se ver, é preciso coragem e honestidade para reconhecer um trabalho bem feito, mesmo que esse seja efetuado por seu agora pior inimigo, pois o trabalho está servido para o bem-estar da coletividade…
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