O relatório final da investigação citou o exemplo da inserção de “cláusulas restritivas de competição que contaram com a participação de Juscelino Filho”
A Polícia Federal afirmou, no relatório em que indiciou Juscelino Filho (União), que o ministro das Comunicações do governo Lula tinha o “controle de licitações” que envolviam as empresas de Eduardo José Barros Costa, o “Eduardo DP”, publicou O Globo.
Segundo o jornal, o relatório final da investigação citou o exemplo da inserção de “cláusulas restritivas de competição que contaram com a participação de Juscelino Filho”.
“Demonstrou que Juscelino Filho tinha o controle das licitações que envolviam as empresas do Eduardo DP”, diz o documento enviado ao gabinete do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do caso.
Juscelino e Eduardo DP também discutiram a “montagem” de uma licitação, utilizando, de acordo com a investigação, o mesmo “modus operandi” que teria sido empregado em outras concorrências.
“As conversas angariadas do núcleo empresarial indicam que Juscelino Filho mantinha contato espúrio com Eduardo DP acerca das licitações provenientes de verbas encaminhadas pelo parlamentar”, afirma o relatório.
A Polícia Federal indiciou o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Ele foi investigado pelo desvio de emendas parlamentares, no período em que atuava como deputado federal, para a pavimentação das ruas de Vitorino Freire, no interior do Maranhão, cidade comandada por sua irmã Luanna Rezende.
O documento aponta que a pavimentação de 80% de uma estrada financiada com emendas parlamentares de Juscelino beneficiaria apenas o ministro das Comunicações do governo Lula e seus familiares.
Dino envia relatório da PF à PGR
O Dino enviou a PGR o relatório da Polícia Federal que concluiu que há indícios de crimes contra o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil). Dino é o relator do pedido de indiciamento na Corte.
Por o antagonista
Publicado em: Política