Se a eleição presidencial fosse hoje, Jair Bolsonaro (PL), que neste momento está inelegível, teria 37,6% dos votos contra 33,6% do atual ocupante do Palácio do Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), segundo levantamento do Paraná Pesquisas realizado de 21 a 25 de novembro de 2024.
Como a margem de erro do estudo é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos, os 2 pré-candidatos estão em situação de empate técnico.
O levantamento coletou dados já durante o período em que se tornou pública uma investigação da Polícia Federal que acusa Jair Bolsonaro de ter sido um dos organizadores de um golpe de Estado frustrado no final de 2022. Dessa forma, o resultado da pesquisa veio já com o efeito do intenso noticiário a respeito desse processo, que é relatado no Supremo Tribunal Federal pelo ministro Alexandre de Moraes.
No cenário de 1º turno em que Bolsonaro lidera numericamente e Lula está em 2º lugar, há também Ciro Gomes (PDT) com 7,9%; Simone Tebet (MDB) com 7,7% e Ronaldo Caiado (União Brasil) com 3,7%.
A pesquisa foi realizada nas 27 unidades da Federação com 2.014 eleitores com 16 anos ou mais. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
De acordo com os dados obtidos pela Paraná Pesquisas:
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera em cinco dos sete cenários eleitorais simulados, ficando numericamente atrás apenas de Jair Bolsonaro em um deles. Bolsonaro, por sua vez, vence Lula dentro da margem de erro e apresenta ampla vantagem em cenários onde o adversário do PT é Fernando Haddad, que registra apenas 14,5% das intenções de voto.
Michelle Bolsonaro desponta como uma força significativa no cenário político ligado ao bolsonarismo. Ela ficaria atrás de Lula em uma eventual disputa direta (34,2% contra 27,5%), mas venceria com folga Haddad (27,6% contra 14,9%). Depois de seu marido, Michelle é considerada o nome mais forte do grupo político.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), aparece como o segundo representante do bolsonarismo em intenções de voto, com 24,1%. Apesar de um desempenho sólido, ele fica abaixo de Michelle Bolsonaro.
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, tem desempenho fraco, variando entre 3,7% e 8,9% nos cenários simulados. Já Romeu Zema, governador de Minas Gerais, registra 12,2% no cenário em que é testado, ficando tecnicamente empatado com Ciro Gomes, que ocupa o segundo lugar.
Ratinho Junior, governador do Paraná, apresenta o melhor desempenho entre os candidatos de direita não completamente alinhados ao bolsonarismo. Ele registra 15,3% das intenções de voto, ocupando o segundo lugar em um cenário liderado por Lula.
Ciro Gomes continua na faixa dos 10%, com variações de 7,9% a 17%. Em um dos cenários, ele alcança o segundo lugar contra Lula.
A ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), apresenta intenções de voto que variam de 7,7% a 13,5%. No entanto, paira a dúvida sobre sua candidatura em 2026, considerando que seu partido atualmente integra o governo Lula.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi testado como alternativa a Lula em dois cenários e registrou 14,5% e 14,9% das intenções de voto. Ele ficou bem atrás de Jair Bolsonaro (38,3%) e de Michelle Bolsonaro (27,6%), evidenciando dificuldades em atrair apoio significativo.
A pesquisa também avaliou cenários de 2º turno envolvendo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Em todos os casos, os resultados permaneceram dentro da margem de erro de 2,2 pontos percentuais.
Em um cenário eleitoral, Luiz Inácio Lula da Silva aparece numericamente atrás apenas de Jair Bolsonaro, mas enfrentaria uma disputa acirrada contra Michelle Bolsonaro e Tarcísio de Freitas. Bolsonaro lidera sobre Lula dentro da margem de erro.
Michelle, por sua vez, desponta como o nome mais competitivo para suceder Bolsonaro, embora também figure atrás de Lula, ainda dentro da margem de erro.
Já Tarcísio aparece tecnicamente empatado com o ex-presidente petista, também em uma posição desfavorável na margem de erro.
Publicado em: Política